Na Serra da Bodoquena estão as tufas calcárias, um importante sítio geológico de MS. Sítios geológicos e paleobiológicos de Mato Grosso do Sul vão compor uma lista para tentar reconhecimento de Patrimônio Natural da Humanidade, título concedido pela Unesco. Seis áreas já foram escolhidas pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP). A comissão está em fase de estruturação de um banco de dados dos sítios existentes no Brasil que mereçam receber maior proteção. Dentre as áreas aprovadas pela Sigep estão as tufas calcáreas da Serra da Bodoquena e a Morraria do Puga, no município de Porto Esperança. A cidade de Corumbá possui três sítios: a Pedreira Laginha, o Maciço de Urucum e a Pedreira Saladeiro. Neste último local foram encontrados fósseis dos animais mais antigos já registrados na América Latina, que viveram há cerca de 580 milhões de anos. Um deles, chamado de Corumbella, em homenagem à Corumbá, é considerado a primeira evidência na face do planeta de um animal com esqueleto. Na lista não poderia faltar a Gruta do Lago Azul, no município de Bonito, onde foram encontrados esqueletos de mamíferos extintos há mais de 10 mil anos. Entre os animais estão um bicho-preguiça gigante, o tigre dente-de-sabre e uma espécie de tatu que media o tamanho de um carro Fusca. De acordo com o membro da Sigep e representante da Sociedade Brasileira de Geologia, Manfredo Winge, a lista com os sítios geológicos e paleobiológicos brasileiros que merecem proteção deve ser divulgada através de uma publicação. Winge afirma que a publicação já está em fase final de montagem e na primeira edição serão apresentados 70 sítios do Brasil. Até o momento 44 sítios geológicos podem ser conhecidos via internet. As informações estão em www.unb.br/ig/sigep