O Ibama alegava ainda que não havia uma área adequada para o despejo da lama e do lixo retirados pela única draga usada nos trabalhos. O material estava sendo depositado num lugar onde há vegetação de restinga, o que é proibido por lei. A partir de agora, a lama e o lixo serão levados para um aterro sanitário e para um terreno sem vegetação. A Serla assinou um termo de ajuste de conduta no qual se comprometeu a replantar a mata ciliar (vegetação existente nas áreas inundáveis).

— Tivemos que entrar no processo por entender que estava havendo um atraso considerável e isso estava atrapalhando a limpeza de uma área fundamental para o carioca - disse ontem o deputado Carlos Minc (PT), presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa.

Ainda segundo Minc, a comissão chegou a pedir ao Ibama que refizesse os testes com técnicos de Brasília e foi atendida.

— Dois técnicos estiveram aqui e verificaram que os problemas que impediam a continuação das obras haviam sido sanados. Assim, creio que amanhã (hoje) as obras serão retomadas - disse o parlamentar.

De acordo com o deputado, o embargo foi objeto de várias ações movidas por ambientalistas. Agora, afirmou Minc, a luta é para que a Serla utilize pelo menos mais uma draga para agilizar o processo de limpeza. A superintendência espera terminar a dragagem da Lagoa da Barra no fim do ano. (O Globo, 21/09)