Segundo a diretora técnica da EMPLASA - Empresa Paulista de Planejameno Metropolitano S/A, Eloísa Rolim, em 1970 Campinas tinha 680.826 habitantes. Em 2005, o número equivale a 2.578.033 habitantes, quase o equivalente a 280% de crescimento. Os dados foram apresentados na palestra Campinas no Contexto da Macrometrópole Paulista, durante o seminário Metrópoles Saudáveis, realizado ontem (21/09) em Campinas (SP).

— Manter reservas e áreas verdes apenas por legalidade não funcionará no futuro. É preciso induzir a potencialidade paisagística para que se possa manter as áreas verdes ainda existentes-, enfatiza.

A segunda mesa do evento, intitulada Caracterização da Região Metropolitana de Campinas, coordenada por Nelson Marques da Silva, da PUC local, também contou com participação do presidente da Agência Metropolitana de Campinas, Luiz Augusto Baggio, que falou sobre as perspectivas para a sustentabilidade da Metrópole Campineira.

— Pelo que se pode ver nessas apresentações, existe um acúmulo de dados muito grande. O que falta é vontade política para articulação-, opina o presidente do Instituto de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy. — Deve haver uma solicitação aos consórcios entre municípios e agências regionais para que incorporem a questão da sustentabilidade e se incorporem no paradigma de proteção ambiental-, finaliza. Para Bocuhy, uma cidade deve ter limites de expansão, respeitando o ambiente e seu entorno. — Não se deve planejar uma expansão eterna, que tem como conseqüência formas de vida cada vez mais degradantes-, diz.

O médico Alfésio Braga, do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, falou sobre os efeitos da poluição veicular com enfoque nas regiões urbanas. Segundo ele, somente fortes investimentos na área da saúde poderão evitar cerca de 60 mil mortes e intervenções médicas futuras decorrentes desse tipo de poluição. — Na dimensão exata que os impactos ambientais trazem para a saúde, o investimento para dez ou vinte anos nesta área contribuiria para evitar 60 mil ocorrências, como óbitos e intervenções médicas-, afirma o médico que foi palestrante da terceira mesa do evento. (Com informações do Proam)