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2005-09-22
A preocupação com a destruição da mata ciliar é necessária. É ela que protege o leito do rio, que ajuda a garantir a qualidade da água, pois atua como filtro nos córregos, e serve também de corredor para animais silvestres. Sua ausência traz, entre outras conseqüências, o maior assoreamento dos rios e a decorrência de enchentes.

Motivos como esses motivaram a Universidade de Santa Cruz a desenvolver um projeto piloto de recuperação da mata ciliar. Em parceria com a Afubra, o Sindifumo e a Bayer, a instituição conseguiu, em 2003, a cedência de uma área na localidade de Rio Pardinho, onde plantou 1.500 mudas às margens do Rio que dá nome ao local. Na extensão de cerca de 300 metros, a Unisc também realiza o trabalho de manutenção da área. Foram utilizadas diferentes espécies da mata ciliar, conforme explica o coordenador do Núcleo de Recursos Hídricos da Universidade, Dionei Minuzzi Delevati. Algumas, mais agressivas, já estão com mais de 1 metro de altura, outras têm o desenvolvimento mais lento.

De qualquer forma, no ponto em que estão, já é possível vislumbrar os resultados futuros. – Levamos até lá escolas da região para atividades de educação ambiental. Pensamos também em realizar este ano um dia de campo com agricultores. Nossa intenção é que as pessoas possam visitar, ver e, quem sabe, reproduzir esse trabalho em outra área-.

A questão esbarra, é claro, no aproveitamento das propriedades. Muitos agricultores cultivam a terra até o barranco. Com isso, principalmente a parte baixa da Bacia do Rio Pardo está muito devastada. Infelizmente, observa Delevati, convencer o produtor a abrir mão de parte de sua área produtiva e reestruturar a mata ciliar não é uma tarefa fácil. – Sabemos a necessidade do agricultor. Para ele, é difícil ceder uma área de, às vezes até 50 metros, dependendo da largura do rio. Mas defendemos então que não é preciso começar logo com a extensão total indicada. Que faça cinco, dez metros de recuperação da mata a partir da margem. Que, no mínimo, os barrancos sejam respeitados-, pondera. Até mesmo para o projeto da Unisc foi difícil conseguir uma área.

– Os produtores não quiseram ceder espaço, ainda mais que nossa proposta era de reflorestamento em uma faixa de até 30 metros da margem. Mas aí um proprietário se sensibilizou. É um facilitador do nosso trabalho-. Em termos técnicos, recuperar a mata ciliar é uma tarefa simples, esclarece. As mudas, muitas vezes, consegue-se até gratuitamente. Mas, para se criar a consciência de sua necessidade, Delevati vê a necessidade de uma grande parceria entre poder público e entidades engajadas na causa. – Somente com a lei, obrigar o agricultor a fazer, não produz consenso, só revolta.

Já somente com conscientização, talvez não se consiga resultados por não existir obrigação. Então, é preciso fazer um misto entre exigência legal e educação ambiental-. (Gazeta do Sul, 21/09)

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