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2005-09-21
O Rio Grande do Sul está liderando o desenvolvimento de pesquisas para o aproveitamento da energia solar fotovoltaica (conversão da luz em eletricidade). Hoje há no Brasil uma geração de 15 MW através dessa fonte, o que representa apenas 0,5% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul. No entanto, o professor da Pucrs, Adriano Moehlecke, integrante do Núcleo Tecnológico de Energia Solar (NT-Solar) e do primeiro Centro Brasileiro para o Desenvolvimento de Energia Solar Fotovoltaica (CB-Solar), acredita que há muito potencial a ser desenvolvido nessa área. A Pucrs já conta, por exemplo, com uma planta piloto para a produção de módulos fotovoltaicos.
Jornal do Comércio – Em que estágio está a operação da unidade de produção de módulos fotovoltaicos da Pucrs?
Adriano Moehlecke - O contrato da unidade piloto foi assinado em dezembro com apoio da Eletrosul, CEEE, Petrobras e Finep e nesse ano estamos montando a planta, comprando equipamentos. No próximo ano estaremos iniciando a linha de produção. A idéia é que, com essa unidade piloto, seja possível repassar o processo que recebeu o prêmio Jovem Cientista em 2002 (Células solares eficientes e de baixo custo de produção) para uma linha pré-industrial demonstrando a viabilidade técnica e econômica do projeto para uma produção em larga escala. As três empresas que auxiliam a idéia têm prazos para se manifestarem quanto à efetivação ou não de plantas de produção. Há uma série de compromissos entre a Pucrs e as três companhias para estabelecer uma indústria nacional .
JC – Quanto já foi investido nessa ação?
Moehlecke - Só na unidade piloto já foram investidos cerca de R$ 4 milhões e a CEEE aplicou em projetos anteriores cerca de R$ 1 milhão. Também foram aplicados recursos, pela Pucrs, em infra-estrutura. Hoje há 15 pessoas, entre professores e estudantes, trabalhando nessa unidade. O grande ponto a ser solucionado, se quisermos efetivar uma indústria voltada ao aproveitamento de energia solar no País, é que não temos mão-de-obra. Com o projeto, temos funcionários e estagiários sendo treinados para uma nova indústria. A idéia é formar, no Brasil, recursos humanos especializados.
JC – A energia solar é uma fonte competitiva financeiramente?
Moehlecke - Na Europa, iniciou-se o desenvolvimento da energia eólica e depois as atenções voltaram-se para a fotovoltaica, é a seqüência natural. Na época de regulamentação do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia), nós discutimos isso, porque a energia fotovoltaica não entrava no programa. Poderia ser com valores menores, para alavancar esse segmento. Foi argumentado que não existia indústria nacional e estaria sendo incentivada a produção de outros países. Mas se alguém não toma uma decisão e incentiva a produção nacional, como foi feito na Califórnia, dificulta o crescimento. É uma questão de mercado, acreditamos que ainda sairá um Proinfa especial para a energia solar, não só para auxiliar uma nova forma de geração de energia, mas para subsidiar a criação de indústrias, de serviços. Isso foi uma movimentação de mercado que ocorreu na Europa e precisa acontecer no Brasil.
JC – Qual o potencial do Rio Grande do Sul para o uso dessa fonte?
Moehlecke - O Rio Grande do Sul tem um potencial interessante quanto à geração de energia solar. Tem um potencial igual ao do Norte do País, inferior ao do Nordeste, mas, por exemplo, tem vantagens maiores do que São Paulo. O grande diferencial será percebido se tivermos indústrias no Estado. Na Alemanha há indústrias voltadas ao setor e a incidência de luz solar naquele país é pouca. O Rio Grande do Sul, instalando uma indústria de equipamentos, poderá vender para o Brasil e exportar também. O Estado está avançando nessa área com o apoio do governo federal que implementou no Rio Grande do Sul o Centro Brasileiro para o Desenvolvimento de Energia Solar Fotovoltaica (CB-Solar).
JC – Quais são as condições que favorecem o aproveitamento de energia solar em determinadas regiões?
Moehlecke - É a incidência. É necessário realizar a média. Por exemplo, Manaus está mais perto da Linha do Equador. Poderia se pensar que é mais quente e há mais radiação solar, mas chove muito no verão, então, no total, se perde um pouco do aproveitamento. No Rio Grande do Sul, no verão, é muito bom pois é muito seco. A média anual de energia solar que se tem é que faz com que se tenha um maior ou menor aproveitamento. É claro que se uma empresa instalar um sistema fotovoltaico no interior do Nordeste, ela recuperará o investimento mais rápido do que se investir em Porto Alegre ou Manaus.
JC – Qual o melhor modo de aproveitar os sistemas fotovoltaicos?
Moehlecke – O aproveitamento da energia solar não é indicado para grandes centrais, o que está sendo utilizado nos mercados europeus é a energia descentralizada. Muitas e pequenas centrais distribuídas de tal forma que está sendo utilizada no local de geração. Por que pagar custos elevados de transmissão?
JC – A tendência é do custo da energia diminuir?
Moehlecke - Hoje a energia solar é a fonte mais cara de geração. Se analisarmos o kWh, ela pode ser 10 vezes mais cara que outras formas de geração, mas esse custo está caindo. Eu faço a analogia com o celular. Quando os celulares começaram a ser vendidos custavam muito e eram de uma tecnologia arcaica. Atualmente, são cada vez mais baratos e mais avançados. Quando se aumenta a escala de produção, os preços baixam. (JC, 21/09)

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