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2005-09-21
Funcionários da Mirant Corp. anunciaram ontem (20/9), em Washington, a abertura limitada da planta de energia nuclear da cidade de Alexandria, nos Estados Unidos. A usina é provedora de eletricidade a centenas de milhares de lares no Distrito de Columbia e em Maryland. Os funcionários afirmaram que ainda não foram realizadas mudanças na unidade a fim de reduzir os níveis de poluição que alarmaram autoridades governamentais e que acabaram levando ao imediato fechamento da planta no dia 24 de agosto. Ao invés disto, a companhia retrabalhou um estudo feito por computador utilizando cenários mais realistas com relação aos padrões de qualidade do ar do Distrito, afirmou um porta-voz da Mirante.

A companhia notificou o Departamento de Qualidade Ambiental da Virgínia no final do dia de ontem (20/9) sobre a sua intenção de reabrir a problemática planta. O Departamento de Qualidade Ambiental não tem autoridade para impedir a reabertura da planta porque seu fechamento foi voluntário, conforme informou o porta-voz Bill Hayden. Contudo, o Departamento poderia impor pesadas multas mais tarde ou revogar a permissão da unidade para operar. A planta foi fechada após um estudo ter mostrado que ela poderia exceder padrões de qualidade do ar em certas circunstâncias.

De acordo com os planos, um dos cinco geradores da usina funcionarão 16 horas por dia, com oito de descanso. A utilização de uma unidade produzirá menos de um quarto do que a planta pode gerar em plena capacidade, afirmou Steve Arabia, porta-voz da usina. –Vamos nos mobilizar o mais rápido que pudermos para que a planta volte a operar e este é o primeiro passo deste processo–, afirmou.

Críticos da planta estavam furiosos com a decisão. –Eles simplesmente, unilateralmente, anunciaram que estavam reabrindo a uniade sem fazer melhorias ou sem instalarem modernos equipamentos de controle da poluição–, disse o deputado democrata James P. Moran Jr. –Parece o seguinte: fazer da forma mais barata, não investir e dar um jeito de fraudar as regulamentações– acrescentou.

Conforme Arabia, a Mirant terá que realizar mudanças físicas para que a unidade possa abrir de forma completa. –Este é um passo significativo, mas apenas um dos que estão por vir–, afirmou.

Funcionários do Estado estão tentando analisar as ramificações das decisões tomadas pela administração da usina ontem. O Departamento de Qualidade Ambiental respondeu com uma carta afirmando que tinha sérias reservas com relação à nova análise da Mirante. O diretor de transporte e serviços ambientais de Alexandria, Richar J. Baier, disse estar tentando o fechamento da planta há mais de um ano.

Quando a Mirante fechou a usina, em 24 de agosto último, houve protestos porque alguns oficiais da região julgaram que tal decisão ameaçaria a segurança energética nacional. –A preocupação é porque a planta abastece uma quantidade significativa de energia ao Distrito de Columbia–, disse Richard E. Morgan, comissáro de serviços públicos do D.C. Mas ativistas ambientais de Alexandria, que há muito tempo lamentam a existência da usina, a têm visto como uma gradne poluidora. (Fonte: The Washington Post, 21/9)

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