A preocupação pela possibilidade de poder contrair um considerável débito levou Barbados a romper ontem (19/9) um pacto com a Venezuela para a compra de petróleo, voltando-se ao abastecimento no Caribe, sob melhores condições de financiamento, afirmou o ministro da Energia, no último domingo (18/9). Anthony Wood disse ainda que associar-se à PetroCaribe da Venezuela também não faz sentido, já que Barbados recém recebeu produtos de petróleo a taxas de juros menores do vizinho Trinidad. Este acordo, conforme ele, resultou numa economia de cerca de US$ 2,1 milhões para Barbados no ano passado.

Sob a PetroCaribe, contudo, os países têm que pagar petróleo a preço de mercado, embora possam negociar condições de financiamento, com uma entrada e o restante em 25 anos, a baixas taxas de juros. Os países da região também podem optar por pagar o petróleo venezuelano parcialmente com serviços ou bens como açúcar, arroz ou bananas.

Trinta países do Caribe associaram-se à PetroCaribe, uma iniciativa do presidente venezuelano Hugo Chávez com o objetivo de auxiliar os países caribenhos a enfrentar o choque dos preços recordes de petróleo. A PetroCaribe, segundo ele, também é alternativa ao estilo de livre comércio de petróleo dos Estados Unidos. Dos países caribenhos, somente Barbados e Trinidad recusaram-se a assinar o pacto com a Venezuela. (Jamaica Gleaner, 20/9)