Londrina inova na coleta seletiva
2005-09-19
Londrina (PR) conseguiu superar três fragilidades comuns em programas
municipais de coleta seletiva de lixo: multiplicação de catadores avulsos,
baixos índices de material coletado e competição com a empresa responsável
pelo lixo comum. Por conta disso, a cidade teve os melhores índices de
reciclagem do Brasil, graças ao projeto Reciclando a coleta seletiva.
Segundo a educadora e pesquisadora, Rosimeire
Suzuki Lima, o projeto tem como meta a autosustentabilidade. Já para agregar
mais valor aos materiais há planos para adquirir equipamentos de
transformação de Pet em flakes (pet moído) e de triturar vidro.
A grande virada, segundo Suzuki, começou em 2001, depois da assinatura de um
Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, que obrigava a
administração municipal a transferir catadores que trabalhavam no lixão para
a coleta seletiva.
A primeira solução da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de
Londrina - CMTU-LD foi ampliar a abrangência da coleta seletiva porta a
porta, existente desde 1996. O desafio era estender o número de atendimento,
ou seja, de 30 mil para 50 mil residências.
Para tanto, a cidade foi dividida em setores e, ainda em 2001, formaram-se
13 ongs, reunindo 237 catadores que reivindicaram centrais próximas a suas
áreas para depositar, bem como triar o material.
Depois os catadores entregaram, às donas de casa, folhetos produzidos pela
prefeitura. Era explicado à pessoa como se fazia o processo de separação e
de coleta. Depois, em dias pré-estabelecidos, os catadores passavam nas
casas para pegar o material separado. Na seqüência, os levava para um ponto
batizado de bandeira.
Na seqüência, um caminhão da prefeitura fazia o transporte das bandeiras
ao barracão da ong local onde, posteriormente, era feita a triagem. Com isso
os catadores ganharam mais na venda dos recicláveis, pois, eliminarem os
atravessadores. Além disso, refinaram o processo de separação, que hoje
passa de 30 itens.
Em média, a renda é de dois salários mínimos por participante. — Com isso,
conseguimos superar três fragilidades comuns em programas municipais de
coleta seletiva de lixo: multiplicação de catadores avulsos; baixos índices
de material coletado e os altos custos do programa; e competição com a
empresa responsável pelo lixo comum-, ressalta Rosimeire Suzuki.
Rosimeire Suzuki Lima é presidente da Companhia Municipal de Trânsito e
Urbanização de Londrina - CMTU-LD. A pesquisadora também é responsável pelo
Programa Reciclando Vidas, que estimulou a criação de 26 ongs no município
para tocar a coleta seletiva em parceria com a empresa municipal.
Para saber mais sobre o projeto Reciclando a coleta seletiva, entre em contato com Rosimeire Suzuki Lima: (43) 3379 7900 / 9994 4569 - Fax: (43) 3379 7913 -
rosi.lima@londrina.pr.gov.br.