Vale do Ribeira possui cerca de 300 mil hectares de propriedades sem registro
2005-09-16
Uma das regiões mais pobres do país, o Vale do Ribeira, localizado próximo
ao Rio Paraná seguindo pelo litoral do Estado do Paraná, é uma das mais afetadas pela
falta de titulação de propriedades e grilagem de terras, chegando a um
número de 300 mil hectares sem registro.
Visando solucionar o problema, a região está passando por um abrangente
processo de regularização fundiária realizado pela Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) do Paraná, com o auxílio de
aparelhos de georreferenciamento.
O secretário responsável pelo projeto, Luis Eduardo Cheida, afirma que a
ação é de suma importância, já que o problema afeta toda a população local.
— Trata-se de um trabalho social, que garante a documentação de propriedade
de terras aos trabalhadores da região, proporcionando engajamento social e
melhores condições de vida aos mesmos-, comenta Cheida.
Segundo o engenheiro responsável da SEMA, Carlos Roberto Fernandes Pinto, o
projeto deve ser finalizado no prazo de um ano e, a partir desta data, todos
os proprietários da região possuirão o título de suas terras. Visando
facilitar e agilizar o processo, a SEMA optou pela utilização de aparelhos
GPS de alta precisão e equipamentos de topografia. Carlos Roberto comenta
que, até março, aproximadamente 1.400 propriedades devem ser
georreferenciadas. — Esta agilidade no processo só é possível graças a
utilização de aparelhos GPS de alta precisão e equipamentos de topografia,
que facilitam o trabalho.
O mercado de georreferenciamento
Com a implementação da nova lei de georreferenciamento de imóveis rurais,
que obriga os proprietários de terras a georreferenciarem suas propriedades
até o ano de 2010, o mercado de equipamentos de geodésia é impulsionado no
Brasil.
— É um mercado que tomas grandes proporções. A venda de aparelhos GPS dobrou
desde que a lei foi implementada-, comenta Danilo Sidnei dos Santos, gerente
de produtos da Manfra & Cia Ltda, empresa responsável pela venda dos
aparelhos para a SEMA.
Em uma pesquisa realizada recentemente pela GITA Brasil (Pesquisa de Mercado - Perfil da Indústria da Geoinformação 2005), fica constatada uma
expectativa de crescimento de 22% nas vendas projetando receitas em torno de
530 milhões para o ano de 2005.
(Assessoria de Imprensa da Manfra, 14/09/2005)