Embrapa ajuda a recuperar os solos degradados do RS
2005-09-16
A Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas, em parceria com a Embrapa Florestas, de Colombo, no Paraná, ajudam a recuperar solos degradados de regiões do Rio Grande do Sul, especialmente da fronteira-Oeste. Entre as ações deste segundo semestre, figura a realização de dois dias de campo sobre sistemas agrossilvipastoris, em Alegrete, nos dias 5 e 6 de outubro.
Os diagnósticos de que participa a Embrapa evidenciam que no Sudeste do estado extensas áreas com formações arenosas sofrem grande pressão pela ação do homem e alteração dos padrões de vegetação, devidas ao aumento dos níveis de utilização. A falta de aptidão desses solos para a agricultura e o mau uso da terra, com a criação extensiva de gado, têm agravado o seu processo erosivo natural. Tal degradação ambiental encontra reflexos negativos nas condições socioeconômicas da região, na qualidade de vida do homem do campo e no aumento do nível de pobreza.
O projeto liderado pela Embrapa busca desenvolver sistemas agrossilvipastoris sustentáveis, do ponto de vista econômico, social e ambiental, com a agregação de valor na propriedade rural, através da exploração de madeira e a conservação dos recursos naturais desse ecossistema. Nos novos sistemas propostos são utilizadas as espécies florestais Eucalyptus grandis e Pinus elliottis, plantadas em linhas triplas, em fileiras centrais espaçadas entre si em 20 metros (maior densidade) e 40 metros (menos denso). Ao final do projeto, os técnicos esperam obter a rentabilidade econômica e os benefícios sociais e ambientais, na comparação entre os propostos sistemas agrossilvipastoris, os plantios florestais homogêneos e a atividade pecuária tradicional praticados nos campos naturais da Fronteira-Oeste do estado.
Nas atividades previstas para outubro, o primeiro dia de campo, no dia 5, será no Sindicato Rural de Alegrete e o segundo, dia 6, na Estância Sá Brito e Secretaria de Agricultura de Alegrete, na localidade de Passo Novo. Serão enfatizados aspectos como demonstrações sobre perdas de água e solo e combate efetivo às formigas cortadeiras. As ações da Embrapa na Fronteira-Oeste têm o apoio do governo do estado, Emater-RS, prefeitura e Sindicato Rural de Alegrete, Fundação Maronna e Escola Agrotécnica Federal de Alegrete. (Diário Popular, 15/9)