Osasco compromete-se com a conservação da Amazônia
2005-09-14
Osasco tornou-se o 15° município a aderir ao programa Cidade Amiga da Amazônia, do Greenpeace. O prefeito Emidio de Souza (PT) e a representante do Greenpeace, Gladis Éboli, assinaram o termo Compromisso pelo Futuro da Floresta no gabinete do prefeito. O objetivo do programa é que as prefeituras brasileiras implementem leis para evitar o consumo de madeira amazônica proveniente de desmatamentos e extração ilegal nas licitações.
— Osasco é mais uma cidade que adota medidas concretas para promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia - comemora Adriana Imparato, representante do programa Cidade Amiga da Amazônia do Greenpeace. — Ao adotar critérios para a compra de madeira nas licitações promovidas pela prefeitura, Osasco está ajudando a fechar o mercado para quem trabalha com madeira de origem criminosa - completa.
— O desmatamento ilegal da Amazônia só acontece porque há mercado. As metrópoles são grandes consumidoras de madeira. Queremos assumir o compromisso de que a prefeitura de Osasco só consuma madeira de origem legal e sustentável e que Osasco sirva de exemplo para outras cidades do País - afirmou o prefeito Emidio de Souza.
A indústria madeireira é uma das principais forças de destruição da Amazônia. Cerca de 70% da madeira produzida na região é consumida pelo mercado brasileiro e as prefeituras consomem grandes volumes em obras públicas e mobiliário. No último dia 18 de maio, o governo federal divulgou que 26.130 quilômetros quadrados de floresta Amazônica foram destruídos entre agosto de 2003 e agosto de 2004, o equivalente a seis campos de futebol desmatados por minuto.
Ao aderirem ao programa do Greenpeace, as prefeituras contribuem de maneira concreta para reduzir a destruição criminosa da floresta. Para tornar-se uma Cidade Amiga da Amazônia, as administrações devem formular leis municipais que exijam quatro critérios básicos em qualquer compra ou contratação de serviço que utilize madeira produzida na Amazônia: proibir o consumo de mogno, uma espécie ameaçada; exigir, como parte dos processos de licitação, provas da origem legal e em Planos de Manejo Florestal da madeira; dar preferência à madeira certificada pelo FSC, um sistema que garante a origem sustentável do produto florestal; e orientar construtores e empreiteiros a substituir madeiras descartáveis utilizadas em tapumes, fôrmas de concreto e andâimes por alternativas reutilizáveis como ferro ou chapas de madeira resinada.
Quatorze municípios já participam do programa do Greenpeace, entre eles São Paulo (SP), Manaus (AM), e no estado de São Paulo: Botucatu, Piracicaba, São José dos Campos e Campinas, entre outros. (Greenpeace, 13/09)