Pesquisadores mapeiam aqüíferos em SP visando exploração racional das águas subterrâneas
2005-09-14
É fato que a escassez de água preocupa a população em todo o país. Atento a essa situação, um grupo de pesquisadores paulista está trabalhando para garantir o uso sustentado dos recursos hídricos subterrâneos do Estado de São Paulo.
Por meio de uma parceria entre o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Instituto Geológico (IG) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), está em fase de conclusão o mapa dos aqüíferos paulistas que sintetiza, em um único documento, informações estratégicas sobre reservas hídricas importantes no Estado.
— O mapa foi elaborado considerando informações existentes nos arquivos das quatro entidades, assim como a atualização da base de dados existente desde a década de 1970 referente aos aqüíferos paulistas - disse a coordenadora temática do projeto, Malva Andrea Mancuso, à Agência FAPESP.
A pesquisadora do IPT explica que o Estado de São Paulo é composto por sete aqüíferos sedimentares, formados por rochas porosas, e dois grandes grupos de aqüíferos fraturados, formados por rochas vulcânicas e cristalinas.
Com a integração das informações antigas e atuais, será criado um banco de dados sobre as condições de cada aqüífero regional. Com isso, a previsão é que seja possível indicar áreas mais favoráveis para a exploração racional das águas.
A publicação de um mapa, em versão impressa e CD-ROM, será o resultado final do trabalho.
— Está prevista uma tiragem inicial de 6 mil cópias da publicação, que serão distribuídas gratuitamente aos órgãos públicos e comitês de bacias hidrográficas, bem como a instituições de ensino e pesquisa dentro e fora do Estado - antecipa Malva.
O principal público-alvo do projeto são os 21 Comitês de Bacias Hidrográficas, formados por representantes do governo e da sociedade civil.
— Com esse instrumento de gestão em mãos, os comitês poderão identificar melhor os aqüíferos que ainda podem ser explorados com segurança, de acordo com a demanda das cidades paulistas que apresentam problemas de abastecimento público - diz a coordenadora temática do projeto. (Agência FAPESP, 12/09)