Lançada Feira Internacional de Meio Ambiente 2006
2005-09-14
Por Carlos Matsubara
Promovida pela Associação Bento-Gonçalvense de Proteção ao Ambiente Natural (Abepan), a Feira Internacional de Ecologia e Meio Ambiente (Fiema) vai reunir em Bento Gonçalves (RS), fabricantes de máquinas, equipamentos, acessórios e produtos utilizados para fins ecológicos, além de instituições de pesquisa, fomento e desenvolvimento de projetos na área ambiental. Lançada ontem (13/09) no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, a segunda edição da Fiema acontece de 3 a 6 de maio de 2006 no Parque de Eventos do município serrano.
Conforme o presidente do evento, César Rubechini, a feira representa não apenas um incremento na economia, mas sobretudo uma prova de que o setor empresarial está consciente de que precisa adotar tecnologias limpas para garantir o futuro do planeta e a qualidade de vida.
A expectativa é de reunir 300 expositores e atrair 16 mil visitantes. Para tanto foi firmado o convênio Al Invest, uma parceria com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e a Comunidade Européia. Com isso a Fiema espera pelo menos 25 empresas da Europa em estandes individuais e outras 10 em estande comunitário. — A estimativa de negócios gira em torno de 10 milhões-, destaca Rubechini.
Economia de recursos chega a R$ 18 milhões/ano
A preocupação da indústria brasileira em adotar procedimentos que auxiliam na preservação do meio ambiente tem crescido nos últimos anos. Os conceitos de ecoeficiência, desenvolvimento sustentável e produção mais limpa estão na agenda de grandes, médias e pequenas empresas do país.
O relatório da Rede Brasileira de Produção + Limpa (P+L), coordenado pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas do Senai RS (CNTL), mostra que as 153 empresas que participam do programa conseguiram, juntas, reduzir em R$ 18 milhões os gastos anuais com matérias-primas, águas, energia e gás, entre 1999 e 2002. Além das empresas diretamente envolvidas no Programa do CNTL, inúmeras outras têm buscado assessorias e entidades ambientais para implementar processos que resultem em economia de recursos naturais, tratamento de efluente líquidos, redução de resíduos sólidos e diminuição de emissões atmosféricas.
— Hoje existe uma ação proativa. Ao invés de cumprirem as normas ambientais, os empresários têm procurado tomar a iniciativa na questão da preservação-, ressalta a engenheira química e especialista em projetos de tratamento de resíduos industriais, Mariente de Carli.
Segundo ela, hoje existiria uma nova mentalidade da indústria com relação ao ambiente, que exigiria uma conscientização e alteração de procedimentos habituais. — São variadas as iniciativas que podem ser adotadas por empresas para economizar os recursos naturais-, salienta. — Eliminar ou reduzir a geração de resíduos, fazer a coleta seletiva, reciclar materiais, tratar efluentes e transformar lixo orgânico para adubação do solo são algumas delas-, enumera.