Fábrica chinesa usa pele de executados em cosméticos, diz jornal
2005-09-14
Uma empresa chinesa de produtos farmacêuticos utiliza pele retirada dos corpos de presos executados, afirma a edição desta terça-feira do jornal britânico The Guardian, que não cita o nome da companhia.
Segundo representantes da empresa, que conversaram com repórteres do jornal que faziam uma investigação de forma clandestina, os pedaços de pele são utilizados no colágeno para os lábios ou cremes anti-rugas. Porém, para eles essa prática aparentemente é tradicional e não merece, em absoluto, ser motivo de escândalo.
Ao ser questionada oficialmente pelo Guardian, a empresa chinesa, que não pode ser citada por motivos legais, negou utilizar este tipo de pele.
O Guardian não pôde determinar se a pele é utilizada na fase de produção ou apenas no laboratório, na fase de pesquisa.
Segundo o jornal, a empresa chinesa exporta uma parte de seus produtos, sobretudo colágeno, para o Reino Unido, além de outros países europeus e os Estados Unidos. O jornal não soube precisar se os produtos podem ser comprados em lojas ou apenas pela Internet.
O diário inglês também acrescenta que é possível que a empresa esteja trabalhando atualmente na fabricação de produtos anti-rugas a partir de tecidos de fetos resultantes de abortos. (AFP, 13/9)