A tempestade tropical Ophelia, que chegou a ser considerado um furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson, continua ameaçando a Costa Leste dos Estados Unidos e pode atingir a região nesta quarta-feira (14/9).Os Estados da Carolina do Norte e do Sul estão sob alerta para a chegada do Ophelia. A previsão é que isso ocorra nas próximas 24.

O fenômeno se aproxima dos EUA apenas duas semanas depois que o furacão Katrina causou vasta destruição no sul do país, no último dia 29, deixando, até o momento, 513 mortos e 200 mil desabrigados nos Estados de Louisiana, Mississippi, Alabama e Flórida.

Os ventos sustentáveis da tempestade são de 112 km/h e, segundo o Centro Nacional de Furacões, em Miami, e o olho se localizada a 193 quilômetros da cidade histórica de Charleston, (sudeste da Carolina do Sul), e se aproxima com velocidade de 4 km/h. Quanto mais lento é o movimento de uma tempestade, maior é a quantidade de chuva que ela pode precipitar.

Ainda segundo o instituto americano, é possível que a tempestade tome a direção norte nesta quarta-feira (14/9). Alertas da chegada de tempestade nas próximas 36 horas --e de furacão, dentro de 24 horas-- já foram emitidos na costa dos dois Estados. O Ophelia também pode provocar tornados isolados na região.

Ontem, o governador da Carolina do Norte, Mike Easley, declarou estado de emergência no Estado, ordenou a mobilização de 200 guardas nacionais no leste do Estado e retiradas obrigatórias nas ilhas costeiras, cujo acesso é feito somente por via marítima. Ao menos 4.000 pessoas --3.000 turistas e 800 residentes-- foram retirados da ilha de Ocracoke (Carolina do Norte) nesta segunda-feira, por conta da aproximação do Ophelia.

Easley disse que foram mobilizadas equipes de resgate rápido em lanchas e helicópteros e abertos locais para armazenar alimentos, água, gelo e geradores elétricos, caso sejam necessários. –Há mantimentos suficientes para fornecer água e comida para 10 mil pessoas por dois dias–, afirmou. Nesta segunda-feira (12/9), no Condado de Brunswick, ao sul, na fronteira com a Carolina do Sul, o governo recomendou retiradas voluntárias, escolas foram fechadas e os primeiros abrigos foram abertos. Os Estados da Carolina do Sul e do Norte também deixaram de receber desabrigados do furacão Katrina. (AP/FSP, 13/9)