Índice de Sustentabilidade DJSI agora tem Itaú, Cemig e Aracruz
2005-09-13
O Dow Jones Sustainability World Index (DJSI), um dos mais respeitados índices de sustentabilidade do mundo, acaba de divulgar sua nova composição. O Banco Itaú foi o único banco latino-americano a aparecer na carteira. Outra novidade foi a entrada Aracruz Celulose. A terceira brasileira na carteira, que tem 317 empresas de 24 países, é a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O Banco Itaú aparece no índice pela sexta vez consecutiva. Para Antonio Matias, vice-presidente de desenvolvimento e marketing do Itaú, o banco vem articulando um conjunto de ações nos últimos anos e a permanência no índice mostra que elas estão sendo bem-sucedidas. Entre essas ações, ele cita os avanços na governança corporativa e a criação do comitê executivo de responsabilidade socioambiental que optou pela adesão do banco aos Princípios do Equador.
— A agenda tem que ir muito além da dimensão econômica, ela precisa ser articulada com as discussões sociais e ambientais - diz Matias.
Para fazer parte do DJSI, lançado em 1999, a empresa precisa responder um amplo questionário, que abrange questões econômicas (como a performance da empresa e a governança corporativa), ambientais (que avalia, por exemplo, a política ambiental da instituição) e sociais (que inclui o desenvolvimento do capital intelectual da companhia e suas políticas para os fornecedores). Ao todo, o questionário é composto de 30 itens e a cada ano novas questões são incluídas.
No mundo todo, apenas 2.500 empresas recebem o questionário, escolhidas com base em seu valor de mercado. Em cada setor, apenas as 10% melhores são classificadas. E não basta apenas responder as questões.
— Tudo precisa ser documentado, pois as informações são checadas - diz Geraldo Soares, superintendente de relações com investidores do Itaú.
Apenas 14 empresas dos países emergentes estão no DJSI, das quais as únicas da América Latina são as três brasileiras. O índice é revisado anualmente. Este ano, 57 novas empresas entraram (entre elas a Aracruz) e 54 foram retiradas (entre elas a Itaúsa).
Soares explica que a saída da Itaúsa ocorreu porque, este ano, ela foi colocada na categoria bancos e concorreu com o próprio Itaú. No ano passado, ela estava no setor de serviços financeiros, não concorrendo diretamente com o banco. Em seu segmento, o Itaú levou a nota máxima em três itens: política anti-fraudes, gerenciamento de risco e relações com investidores.
As ações das empresas que fazem parte do índice são disputadas por gestores de recursos de 14 países, que usam o DJSI como referencial em seus fundos de investimento e administram ativos de US$ 4,1 bilhões. (Valor Online, 12/09)