Alimentos orgânicos não podem ser privilégio de nenhuma classe social, diz gerente da Emater-RJ
2005-09-13
A alimentação com orgânicos não pode ser privilégio de nenhuma classe social. — A saúde deve estar disponível para todos-, disse domingo (11) o gerente de agroecologia da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-RJ), Nilton Novo Pereira.
Pereira participou da divulgação sobre orgânicos que faz parte da programação da Semana dos Alimentos Orgânicos, que começou no dia 10/08 em 18 cidades do país. No Rio, os cariocas tiveram a oportunidade de receber informações sobre os benefícios do uso de produtos cultivados sem agrotóxicos por meio de panfletos distribuídos nas orlas de Copacabana, Ipanema e Leblon e de duas tendas montadas pela Prefeitura na região.
Segundo Ailena Sudo Salgado, da Superintendência Federal de Agricultura no
estado, o objetivo da ação deste domingo foi divulgar e incentivar o uso dos
alimentos orgânicos, — que têm um sistema de produção que visa à saúde do
trabalhador rural e à maior proteção ao meio ambiente.
Para ela, — é preciso
perceber a que custo social e ambiental os alimentos que nós consumimos são
produzidos. O nosso objetivo é integrar toda a cadeia de produção e consumo
dos alimentos orgânicos em busca de uma visão mais saudável do produto
final, que são livres de agrotóxico e com muita qualidade.
O gerente de agroecologia da Emater - Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro, Nilton Novo Pereira, informou
que um dos grandes desafios quando se trata de alimentos orgânicos é o preço
elevado em relação aos produtos cultivados com agrotóxico vendidos em feiras
e supermercados. A solução, acredita ele, está nas mãos do consumidor. — Com o aumento da procura, também aumentará a produção dos alimentos
orgânicos e a lógica do mercado vai fazer os preços baixarem.
O gerente da Emater ressaltou, ainda, a importância de haver ações que divulguem e
incentivem o uso desses produtos. (Agência Brasil, 11/9)