Incêndios destróem cogumelos essenciais à saúde, adverte cientista
2005-09-13
Incêndios florestais como os que têm assolado Portugal e a Espanha neste verão europeu, além de produzir danos nas espécies arbóreas e no terreno, ainda matam diferentes comunidades de fungos e cogumelos, –que não apenas supõem riqueza econômica ou gastronômica, mas também à saúde humana –, assinala Juan Andrés Oria de Rueda, professor de Botânica da Escola de Engenharia Agrária de Palencia e presidente da Associação de Estudos Micológicos Forestais de Castilla e León, na Espanha.
O especialistas argumenta que as montanhas podem –produzir fungos comestíveis em equilíbrio com a conservação de sua biodiversidade, mas para isto há que ter certas medidas de gestão e conservação–. –Além dos fungos, pode-se perder uma riqueza micológica imprescindível, embora possa ficar inadvertida–, manteve Oria, que advertiu que a regeneração das espécies pode tardar anos e, –em alguns casos, nem sequer isto–.
Oria precisou que os cogumelos –são uma importante fonte de substâncias antioxidantes e, de todos os alimentos conhecidos, ganham com diferença–.
O especialista referiu que –o mais pródigo é que espécies comuns e conhecidas como cogumelos dos nossos campos, tais quais o conhecido por ostra, que abunda nos bosques y ribeiras e que se cultiva, possuem um poder antioxidante 40 vezes superior ao do germe de trigo, alimento que se considerava líder indiscutível entre os chamados rejuvenescedores–.
O cientista inisitiu nas ropriedades revitalizantes, antiinflamatórias, antivirais, antialergênicas e antidiabéticas dos fungos, que também reduzem o coleserol e possuem vitaminas A, E e C, bem como minerais como o selênio. Segundo ele, pode demorar mais de 50 anos para a recuperação dos fungos e cogumelos devido aos incêndios nos bosques. (El Mundo, 12/9)