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2005-09-12
O furacão Katrina, que assolou Nova Orleans em 29 de agosto último, é a mais aguda lembrança de que as seguradoras, o governo e os consumidores norte-americanos estão sob enormes riscos de grandes perdas devidas a furacões e outros eventos relativos ao clima. Enquanto nenhum furacão individual pode ser atribuído ao aquecimento global, o aumento das temperaturas globais já ocorrido e que deve continuar nas décadas seguintes provavelmente causará aumentos significativos em eventos climáticos severos como furacões, enchentes, chuvas de granizo, incêndios florestais, secas e ondas de calor.

A menos que as seguradoras e seus agentes reguladores tomem iniciativas para dirigir este crescente desafio, particularmente na era de escalada da mudança climática, as companhias, governos e o público sofrerão grandes perdas financeiras no futuro, segundo um relatório lançado na última sexta-feira (9/9) pelo Instituto Ceres de investimento. O relatório, assinado por três especialistas na área industrial, documenta o aumento das perdas relativas ao clima, tanto de bens segurados quanto de não segurados nos Estados Unidos. E indica como a mudança climática irá aumentar significativamente essas perdas nos próximos anos se os proprietários estiverem sujeitos a furacões, perda de colheitas devido à seca ou à interrupção de seus negócios devido a catástrofes naturais.

O relatório cita um aumento de 15 vezes nas perdas referentes a eventos catastróficos climáticos – aqueles com cerca de US$ 1 bilhão de dólares em danos - nas três décadas passadas, perdas que resultaram no aumento dos prêmios e da inflação no mesmo período. Mesmo antes do furacão Katrina, consumidores e homens de negócios em muitas partes dos Estados Unidos viram suas indenizações mais elevadas chegarem a limites menores, e viram aumentarem as restrições para a cobertura de perdas referentes a eventos climáticos na Flórida, no Texas, na Califórnia e em diversos lugares. Se as tendências da mudança climática e dos seguros continuarem, adverte o relatório, a disponibilidade e a acessibilidade dos seguros serão mesmo grandes riscos para os proprietários de imóveis residenciais e de prédios de negócios.

Os Estados e o governo federal também podem esperar maior responsabilidade financeira enquanto se tornam seguradores do último refúgio em resposta aos seguradores privados, restringindo a cobertura aos demais mercados. – Seguros como nós os conhecemos estão ameaçados pelo aumento das tempestades, das perdas climáticas, pelo aumento das temperaturas globais, e mais americanos do que nunca estão vivendo de forma prejudicial–, afirma Mindy S. Lubber, presidente da Ceres, que patrocinou o estudo. Seguradoras e reguladores fracassaram em adequar planos para a escalada dos eventos climáticos que os cientistas previram, os quais irão se intensificar nos anos que se seguem devido ao aumento das temperaturas globais–, acrescenta.

Segundo detalha o relatório, as evidências espalham-se por todo o território dos Estados Unidos, incluindo:

• No Texas, os donos de imóveis viram os prêmios dobrarem, com um aumento abrupto que chegou a US$ 3 bilhões em 2002, fazendo com que dezenas não renovassem seus seguros. A exclusão de áreas em risco – localizadas entre centros industriais – é agora comum em muitos locais dos Estados Unidos.

• Na Flórida, no ano passado, ondas de furacões levaram sete empresas de seguro privadas a pararem com a subscrição de novas políticas de seguro, saindo completamente do mercado neste ano. Ao mesmo tempo, uma nova empresa de seguros tornou-se a segunda maior provedora de seguros da Flórida, e suas perdas chegaram a US$ 2,5 bilhões no ano passado, por causa dos furacões.

• No Centro-oeste do país, o seguro de lavouras aumentou dez vezes em décadas recentes, e muitos estados estão agora enfrentando prolongadas secas, a ponto de muitos condados terem declarado um desastre agrícola em certas áreas.


• No Oeste, a média de incêndios florestais é duas vezes mais prejudicial do que a registrada nos anos 70, e um novo estudo projeta que os danos por incêndios florestais em parte da Califórnia vão quadruplicar nos próximos anos por causa das temperaturas mais elevadas e dos fortes ventos que resultam da mudança climática.

A Comissão Nacional de Associações de Seguradoras está desde sábado (10/9) discutindo as implicações da mudança climática sobre as empresas se seguros. O encontro deve terminar terça-feira (13/9) em Nova Orleans. (Fonte: Instituto Ceres, 9/9)

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