Países da África e Ásia pedem ajuda contra extinção de símios
2005-09-12
Existem hoje somente 7,3 mil orangotangos de Sumatra. Representantes de 23 países da África e da Ásia fizeram um apelo, neste final de semana, para que a comunidade internacional ajude a salvar da extinção algumas das principais espécies de símios.
Ao fim de um encontro na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, os líderes pediram uma ação urgente para evitar atividades que ameaçam populações de chimpanzés, gorilas e orangotangos. Eles também pediram para que pessoas que vivam perto dos habitats naturais desses símios encontrem um modo de subsistência que seja ecologicamente sustentável.
No início deste mês, um estudo publicado pela Agência de Meio Ambiente e Biodiversidade da ONU estimou que as principais espécies de símios de grande porte podem desaparecer em uma geração humana. O documento reuniu dados de várias fontes diferentes para avaliar as perspectivas futuras para esses animais.
–Todos os grandes símios são classificados ou como ameaçados ou como seriamente ameaçados–, diz Lera Miles, da equipe que escreveu o relatório.
–Seriamente ameaçado significa que seus números caíram, ou cairão, 80% em três gerações, ressalta Miles. Uma das espécies que mais corre risco de desaparecer é o orangotango de Sumatra, na Indonésia, dos quais restam apenas 7,3 mil na natureza.
O estudo aponta atividades como a caça clandestina, o tráfico de animais e a exploração de florestas, além de doenças transmitidas pelo homem, como as principais responsáveis pela ameaça aos símios. (BBCNews, 11/9)