A tempestade tropical Ofélia ganhou força e se transformou em furacão ao chegar à costa do Atlântico, na Flórida, nesta quinta-feira (8/9). Meteorologista prevêem que, se o novo furacão --que permanece estacionário-- se mover, será em círculos.

Segundo o Centro Nacional de Furacões [NHC, na sigla em inglês], Ofélia tem ventos de até 120 quilômetros por hora, maior do que os 80 quilômetros por hora que apresentava um dia antes e acima dos 118 quilômetros por hora --velocidade que faz com que a tempestade já seja considerada furacão de categoria 1, a menor na escala de intensidade Saffir-Simpson (que vai até 5).

O furacão Katrina --que devastou os Estados da Louisiana e do Mississippi no último dia 29 e atingiu também o Alabama e o sul da Flórida-- chegou à categoria 5 na escala. Ofélia é o sétimo furacão da ativa temporada de ciclones no Atlântico norte, e se formou um dia depois de a tempestade Nate também se tornar um furacão de categoria 1.

Às 18h de Brasília desta quinta-feira (8/9), pouco antes de se tornar furacão, o centro da tempestade se movia a 112 quilômetros por hora do leste para o norte do Cabo Canaveral, na Flórida. Ofélia pouco se moveu em um período de dois dias, e a expectativa era que ela se dissipasse em direção ao norte nesta sexta-feira, se distanciando da costa americana.

No entanto, Ofélia pode retornar para o oeste, em direção aos Estados Unidos, na próxima semana, e é possível que atinja qualquer região entre os Estados da Flórida e da Carolina do Norte. Segundo meteorologistas, Ofélia pode causar chuvas abundantes nas regiões central e norte da Flórida e no sudeste da Geórgia e provocar marés altas que podem ameaçar a costa sul dos EUA.

Nesta quinta-feira (8/9), Ofélia já causou ondas gigantescas em alguns locais. –Houve ondas de até três ou quatro metros–, afirmou Scott Petersohn, porta-voz da Patrulha Marítima da praia Daytona, no Condado de Volusia. Ofélia é a 15ª tempestade que recebeu um nome nesta temporada. O furacão Dennis atingiu o nordeste da Flórida em julho, e o Katrina chegou ao sul do Estado norte-americano no mês passado, matando 11 pessoas nessa localidade. (FSP, 8/9)