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2005-09-08
Com a chegada de especialistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais(PrevFogo) hoje ao Parque Nacional das Emas, no sul de Goiás, o diretor do programa, Heloisio Bueno Figueiredo, calcula que o incêndio na área seja controlado em 72 horas. Figueiredo estima que o fogo tenha atingido 35% dos 130 mil hectares do parque. De acordo com o diretor do PrevFogo, a intenção é proteger os outros 65% não atingidos para que se garanta refúgio para os animais.

O fogo controlado, ressaltou Figueiredo, não significa fogo extinto, apenas que as chamas estão circunscrita a uma área. A equipe de 40 homens que, desde maio, agia preventivamente para evitar o fogo no parque, conta com aliados que antes eram tidos como os maiores causadores das primeiras faíscas, os agricultores.

Localizado próximo ao município de Rio Verde, conhecido pela agricultura em expansão, o Parque Nacional das Emas, anteriormente, era atingido pelo fogo usado pelos produtores para preparar o solo para o plantio. O parque é o último remanescente de vegetação nativa no sul de Goiás. Hoje, conforme Figueiredo, os agricultores usam o Plantio Direto. Nesse sistema, a palha da safra anterior serve de adubo para a safra plantada.

Figueiredo lamenta que os danos à vegetação (flora) e aos animais (fauna) já sejam de grande extensão. Segundo o diretor do PrevFogo, a estação atual é época de reprodução de vários animais, principalmente das aves. Entre as principais espécies que vivem no Parque Nacional das Emas estão, segundo Figueiredo: ema, siriema, codorna, juriti, pomba, cervos, veados, tamanduá, porco-do-mato, onça, tatus, lagartos, suçuarana, gato-do-mato, anta, capivara, paca, cotia, lobo-guará, cobras e insetos. (ClicRBS, 07/09)

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