Presidente da ACCS defende uso prático dos dejetos suínos
2005-09-08
Ações para aproveitamento dos dejetos suínos deverão se tornar mais práticas a partir de agora, com viabilização efetiva dos projetos sugeridos como forma de minimizar o problema, nas grandes regiões produtoras de suínos. Esta foi uma das conclusões alcançadas durante a reunião estadual do Fórum Permanente para Controle da Poluição Ambiental por Dejetos de Suínos, em Fraiburgo, Meio-oeste catarinense.
Na prática, quer dizer que a intenção é partir para ações efetivas e deixar um pouco de lado as discussões sobre o tema.
— Já está na hora disso acontecer. Há mais de ano estamos debatendo e nada de concreto ainda foi feito - reclama o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza.
Segundo ele, a opção pela geração de biogás a partir dos dejetos é aquela que encontra mais respaldo, seja pela aplicação ou pelo aproveitamento de energia que proporciona.
— Até agora o que existe de concreto é descrença por parte do criador, de que alguma coisa vai acontecer para ajudá-lo a resolver o problema dos dejetos - enfatiza. Souza disse ainda que os criadores não têm recursos para investir nos projetos de adequação das propriedades, visto que ainda se recuperam de perdas no setor e da mudança nas propriedades para atender a legislação ambiental.
— Temos que concentrar forças para resolver esse problema de forma rápida, até porque os criadores já estão conscientes da questão ambiental.
O dinheiro para investimentos em sistemas de aproveitamento de dejetos suínos poderá vir de fontes internacionais. A condução do fórum foi repassada à Secretaria de Agricultura, que pretende levar soluções efetivas para as regiões onde há grande concentração de produção suína.
— Temos que avaliar o que é melhor para cada região, buscar recursos e implantar os sistemas de forma prática, a partir de agora - esclarece o presidente da Epagri, Athos de Almeida Lopes.
Segundo ele, durante o fórum surgiram aproximadamente 60 projetos de reaproveitamento do material orgânico, que agora serão selecionados a partir da viabilidade.
— É hora de agir, colocar em prática estas tecnologias - assegura. Ele não quis estipular data para que a adequação inicie, efetivamente, mas garantiu que o processo será agilizado. (A Notícia, 07/09)