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2005-09-08
Mais três baleias jubarte apareceram ontem no litoral de Salvador. Ao contrário da que encalhou no Jardim dos Namorados, na madrugada do último domingo, elas estavam - e ainda estão - vivas. Uma delas, adulta, foi vista próximo à Barra. As outras duas, mãe e filhote, escolheram passar o dia em Itapuã. A disposição e o hábito dos animais, monitorados por biólogos, logo afastaram a preocupação com o aparecimento de outros cetáceos mortos.

Entre julho e novembro, as jubartes migram dos pólos em direção às águas tropicais, onde se reproduzem. Têm o hábito de se aproximar da costa especialmente quando encontram o ambiente perfeito.

— Elas são ótimos bioindicadores. O fato de estarem voltando a aparecer mostra que o bioma está em boas condições: fartura de alimento, águas calmas e em boa temperatura - explica o biólogo do Projeto Mamíferos Marinhos (Mama), Gerson Norberto.

Norberto diz que alguns estudos têm indicado a melhoria na qualidade da água das praias de Salvador. A freqüência das aparições das jubartes está diretamente ligada também ao aumento no número de animais nos últimos anos e ao crescimento no fluxo de nascimentos da espécie em águas baianas.

O berçário das jubartes no Brasil é o arquipélago de Abrolhos, no extremo sul do estado. Mas a analista ambiental Fabiana Bicudo, do Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Não-Renováveis (Ibama), defende que, apesar das aparições constantes, o número de baleias ainda é pequeno.

— A população está se reproduzindo lentamente, devido aos esforços de conservação da espécie, após um longo período de matança. Felizmente, hoje temos uma legislação que defende esses animais - diz.

O centro, com sede no Recife (PE), coordena a Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Nordeste, do qual fazem parte o Projeto Mamíferos Marinhos e o Instituto Baleia Jubarte. A parceria congrega nove instituições de pesquisa especializadas que trabalham de forma cooperada na manutenção e monitoramento dessas e outras espécies ameaçadas por desequilíbrios ambientais causados, quase sempre, pela ação do homem.

As causas dos encalhes e mortes entre exemplares da espécie, muitas vezes, são de difícil precisão. Quando os sinais não são externos, a detecção depende do estado em que o animal for encontrado, já que os órgãos se deterioram em poucas horas após a morte. Por conta dos hábitos costeiros durante seus períodos migratórios (julho a dezembro), a baleia jubarte sofre capturas acidentais em redes de pesca, colisão com barcos e navios e com a poluição dos mares e destruição de seus habitats.

O turismo para a observação de baleias também pode prejudicar os cetáceos se não for feito de forma controlada. Outro fator de risco à vista é a futura prospecção de petróleo na região do Banco dos Abrolhos: não se sabe ainda que impactos a atividade poderá causar sobre a população de baleias. Em Salvador, o Projeto Mama e o Instituto Baleia Jubarte já pensam em debater o controle da navegação.

— Queremos sentar com a prefeitura, a Capitania dos Portos, o Ibama e o Centro de Recursos Ambientais para discutir o controle do tráfego de embarcações. A população de baleias tem crescido e precisamos restringir a navegação, com olhar especial para os catamarãs e os ferry-boats - diz o biólogo Gerson Norberto.

Espécie
Em geral, os adultos da espécie Megaptera novaeangliae medem entre 12m e 16m (machos podem chegar a 18m) e alcançam o peso de 40 toneladas. O dorso é preto com manchas brancas irregulares na barriga e as nadadeiras peitorais e parte ventral da nadadeira caudal variam do preto total ao branco total, com padrões intermediários.

Apesar de possuir hábitos costeiros, pode ser encontrada em ilhas oceânicas como Fernando de Noronha e Trindade. O Banco de Abrolhos, no extremo sul da Bahia, é considerado a única área de reprodução e cria no Atlântico Sul Ocidental devidamente comprovada até o momento, apesar da suspeita de outra área no Nordeste. (Correio da Bahia, 07/09)

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