RMA quer criação imediata das UCs na floresta com araucárias
2005-09-08
As oito unidades de conservação prometidas pelo Ministério do Meio Ambiente durante a Semana da Mata Atlântica, em Campos do Jordão, em maio deste ano, ainda não foram decretadas. São cinco unidades no Paraná: Parque Nacional dos Campos Gerais (23.000 ha), Reserva Biológica das Araucárias (16.078 ha), Refúgio da Vida Silvestre do rio Tibagi (31.698 ha), Reserva Biológica das Perobas (11.000 ha) e Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas (16.445 ha) e três em Santa Catarina: Estação Ecológica da Mata Preta ( 9.006 ha), Parque Nacional das Araucárias (16.824 ha), Área de Proteção Ambiental das Araucárias (419.218 ha).
Apesar de terem sido propostas com base em um amplo estudo elaborado pela força-tarefa originada no Grupo de Trabalho Araucárias Sul, a criação dessas áreas permanece indefinida. A força-tarefa reúne técnicos do MMA, Ibama, universidades e outros setores. Já foram concluídas as consultas públicas, com a realização de dez reuniões em sete municípios.
Estas são as primeiras UCs do país que estão passando por um processo de tão amplo debate público para sua criação. Cabe lembrar que a legislação ambiental (SNUC) dispensa consultas para reservas biológicas e estações ecológicas. Mesmo assim, as reuniões com a comunidade foram realizadas.
Há alguns interesses contrários a criação das unidades. Tem gente que ainda acha que floresta boa é a deitada, ou seja, cortada. Essas pessoas dizem que os Estados do Paraná e Santa Catarina terão sua economia prejudicada se essas áreas, o que corresponde a 0,3% dos seus territórios, forem transformadas em Unidades de Conservação.
A Rede de ONGs da Mata Atlântica suplica a todos interessados em manter alguns remanescentes do ecossistema mais ameaçado do bioma: a Floresta com Araucárias, para que pressionem o governo a decretar imediatamente a criação dessas singulares áreas.
Ajudem, enviando todos os tipos de correspondência, carta, fax, e-mail para o Ministério do Meio Ambiente, demonstrando que a sociedade brasileira quer sim, a proteção dessas florestas.
As mensagens dever ser enviadas para a Ministra Marina Silva, para o Secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, e para o Diretor de Áreas Protegidas, Mauricio Mercadante. (Com informações da Rede de ONGs da Mata Atlântica)