(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-09-08
Por Francis França
Se depender do governo estadual, os catarinenses vão pagar mais caro e para empresas particulares pela água que bebem. Dois projetos de lei tramitam na Assembléia Legislativa para reestruturar políticas de saneamento no estado, um deles, o PL 292/2004, quer atribuir valor econômico à água, isto é, cobrar, além da distribuição e tratamento, pela água como produto. O outro é o PL 220/2005, debatido em Audiência Pública na última terça-feira (6/09), que pretende deixar a cargo dos municípios a gestão do saneamento, diretamente ou sob regime de concessão à iniciativa privada.

De acordo com o relator do projeto 220/2005 na Comissão de Constituição de Justiça, deputado Celestino Secco (PP), o texto encaminhado pelo governo será analisado rapidamente.

— Proponho que as emendas sejam encaminhadas a mim ou à Comissão de Justiça, onde, dentro de duas semanas, pretendo esgotar a análise da matéria para construir uma política estadual de saneamento - disse.

O PL 220/05 tem incomodado muitas entidades sindicais do estado. De acordo com o representante da CUT/SC, Wolney Chucre, no próximo dia 22/09 haverá uma grande manifestação na Assembléia contra a privatização dos serviços de água e esgoto.

O vice-presidente do Sintae/SC (Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto), Jucélio Paladini, também se manifestou contra a privatização do sistema de abastecimento.

— Essa política tem que ser pública. Através da iniciativa privada não haverá avanços. Buscamos sensibilizar os deputados na busca de um novo modelo de gestão, numa parceria entre municípios, estado e União.

De acordo com o deputado Joares Ponticelli (PP) são os pequenos municípios que vão sofrer mais se os projetos forem aprovados.

— Estamos assistindo a uma disputa a braço de empresas por setores lucrativos. Mas quem vai se interessar em investir em Santa Rosa de Lima? Em Grão Pará? – desafia.

Segundo o deputado Vanio dos Santos (PT), o estado precisa assumir sua responsabilidade na prestação de serviços básicos. Ele atacou o projeto lembrando as privatizações da década de 90.

— A população ficou desassistida em vários setores estratégicos e essenciais. Não dá para transformar em negócio as necessidades elementares dos cidadãos - criticou.

Para tentar frear os dois projetos de lei em tramitação, o deputado Afrânio Boppré (PT) entrou com projeto de decreto legislativo (PDL 13.8/2005) convocando um plebiscito sobre o tema no dia 23 de outubro, juntamente com o referendo nacional do desarmamento. O deputado sugere que seja feita a seguinte pergunta à população: Você concorda que a água deve ser privatizada atribuindo a ela valor econômico? Sim ou não? .

Se o plebiscito for aprovado, todos os projetos legislativos e medidas administrativas que envolvam o abastecimento de água em Santa Catarina terão a tramitação sustada até o resultado das urnas, mas Boppré está pouco otimista.

— Eu já sei tudo o que vai acontecer. O governo tem maioria na assembléia, vai derrubar o plebiscito e aprovar os projetos de privatização e comercialização da água. Aí vou pedir um referendo – prevê o deputado.

De acordo com o governo, o PL 220/2005 o Plano Estadual de Saneamento deverá ser elaborado com base em características específicas de cada bacia hidrográfica e pretende melhorar as condições de desenvolvimento social e econômico, com melhoria da qualidade de vida da população e em equilíbrio com o meio ambiente, além de garantir que a água possa ser controlada e utilizada, em padrões de qualidade e quantidade satisfatórios.

Para financiar as obras públicas e privadas o projeto prevê a criação do Fundo Estadual de Saneamento, com características de fundo rotativo, destinado a reunir e canalizar recursos financeiros para a execução dos programas do Plano Estadual de Saneamento. A manutenção dos recursos do fundo será assegurada pelo retorno das operações de crédito para financiamento de ações, serviços e obras de saneamento.

O PL 292/2004 também prevê a cobrança pelo uso de recursos hídricos de acordo com cada bacia hidrográfica. Segundo o governo, os objetivos do projeto são reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor, para incentivar racionalização do uso da água, além de obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.

O dinheiro arrecadado será aplicado prioritariamente na bacia hidrográfica em que for gerado e utilizado no financiamento de estudos, programas, projetos e obras, no desenvolvimento de programas de divulgação sobre a necessidade da utilização racional e proteção da água, com ênfase para a educação ambiental e também na implantação de um sistema de informações hidrometeorológicas e de cadastro dos usuários de água.

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -