Para 81 municípios gaúchos, a falta de informações técnicas sobre como tratar resíduos sólidos urbanos não serve como justificativa para a falta de programas de reciclagem a para a manutenção de lixões clandestinos. Juntos, Estado e administrações municipais estão aprendendo, por meio de um curso orientado por especialistas, como o lixo pode se transformar em fonte de renda no Rio Grande do Sul. O Curso de Gestão Ambiental, parte do Programa de Gestão Compartilhada Estado/Município, consiste em 30 horas/aula sobre o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. Enfocadas na instrução de secretarias municipais dedicadas à administração do lixo de 126 cidades gaúchas, as aulas já foram ministradas em 81 municípios das regiões Sul, Litoral Norte, Metropolitana, Vale do Sinos, Taquari e Centro.Levantamentos realizados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), responsáveis pela organização do curso, apontam que apenas 50 municípios gaúchos têm programas de reciclagem e 31% têm aterros sanitários - os únicos a atender todos os pré-requisitos expressos pela Lei de Resíduos Sólidos, sancionada em 1993. Outros 44% nem sequer mantiveram contatos com a Fepam no sentido de buscar a regularização de suas áreas de depósitos, e estão sujeitas a sanções legais. (ClicRBS-10/9)