Uma aula para ensinar como parar a degradação da natureza
2005-09-08
A poluição dos ambientes aquáticos no Brasil não é causada pela ausência de mecanismos ou de melhores estruturas e sim fruto da falta de conscientização. Foi essa a mensagem que o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Eduardo von Sperlin, passou para as cerca de 100 pessoas que participaram da aula inaugural do curso de mestrado em Tecnologia Ambiental da Unisc, em Santa Cruz do Sul.
Doutor em Qualidade Ambiental pela École Nationale des Ponstet Chaussés, de Paris, ele foi o convidado especial do evento que lotou a Sala Souza Cruz da universidade na noite de sexta-feira. Foram duas horas e meia de uma aula que serviu para abrir os olhos daqueles que decidiram enveredar pelos caminhos tortuosos da luta contra a degradação ambiental.
De acordo com Sperlin, o Brasil foi o segundo País a colocar o ambiente na Constituição Federal. Uma prova de que a legislação também não é parte do problema. - Os mecanismos estão todos aí. Nosso País tem o maior órgão de fomento para esse tipo de iniciativa e temos fundos setoriais que são obrigados a destinar verbas para pesquisas ambientais. Só falta fazer -, afirma.
Mas há um alento para quem está ou decidiu entrar nesta briga. Segundo o especialista, a Região Sul do Brasil anda bem, se comparada com o Norte e o Nordeste, onde a poluição dos ambientes aquáticos é mais evidente. - É um problema histórico, cultural, político e econômico que só irá mudar com cada um fazendo a sua parte. (Gazeta do Sul, 06/09)