Usinas de álcool ameaçam Pantanal
2005-09-06
Cerca de 80% do Pantanal pode ficar em risco caso seja bem-sucedida a tentativa do governo de Mato Grosso do Sul de modificar a Lei Estadual 328, de 1982. Resultado da mobilização popular, ela proíbe a implantação de usinas de álcool na Bacia do Alto Paraguai, que alimenta a região.
Desde 2000, assistimos a manobras para liberar a região Norte do Estado a esta atividade. São projetos sem estudos científicos que não levam em conta, por exemplo, o fato de este trecho incluir afloramentos e zonas de recarga do Aqüífero Guarani. A Bacia do Paraguai é mais frágil que a do Paraná, que também banha o Estado. Na planície pantaneira, as águas correm lentamente e, como o problema das usinas de álcool é o vazamento de substâncias como o vinhoto, os danos seriam grandes em caso de acidente ecológico.
Trabalhamos para que o governo não tenha sucesso em mais uma tentativa de mudança da lei. A Ecologia e Ação (Ecoa) uniu esforços com a Fundação SOS Mata Atlântica, o Fórum em Defesa do Pantanal e as Redes do Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal para lançar a campanha NÃO às Usinas de Álcool no Pantanal. Esta é a nossa bandeira contra atitudes cujo único propósito é o interesse econômico de poucos. Contamos com sua participação pelo site www.ecoa.org.br. (Isto É, 05/09)