Neste fim-de-semana, na Praça Juscelino Kubitschek e na Praça Liberdade, em Belo Horizonte, e nas Praias do Flamengo e de Ipitanga, em Salvador, ativistas do Greenpeace vestidos de palhaços vão distribuir produtos da empresa alimentícia Bunge, suspeita de usar matéria-prima transgênica em seus produtos.

A campanha ENCHA O SAC DA BUNGE vai alertar os consumidores sobre os riscos de estarem consumindo transgênicos ao comprarem os óleos Soya e Salada, a margarina Delícia e a gordura vegetal Primor, todas marcas da empresa. Como os testes de transgenia nos produtos finais são incapazes de detectar se foi utilizada matéria-prima transgênica, o consumidor depende da transparência da empresa sobre o uso de suas matérias-primas. A Bunge, maior comercializadora de grãos do pais, não fornece informações sobre a matéria-prima com que fabrica seus óleos, gordura vegetal, margarina e maioneses. Em 2004, depois de uma denúncia do Greenpeace, a empresa admitiu que não tem controle sobre a matéria-prima utilizada em seus produtos. Pelo decreto de rotulagem (4.680/03), as empresas são obrigadas a informar ao consumidor sobre o uso de transgênicos em qualquer parte da cadeia produtiva.

- A Bunge deveria ser transparente, informando a qualidade da matéria-prima utilizada na fabricação de seus produtos. Só assim os consumidores poderão escolher alimentos que não destroem o ambiente -, afirma Ventura Barbeiro, da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace. (Eco Agência, 05/09)