Greenpeace considera um erro apoio do governo espanhol a armazenamento de CO2
2005-09-06
O Greenpeace considerou ontem (5/9) um erro perigoso o apoio do governo espanhol ao desenvolvimento de projetos para armazenar dióxido de carbono (CO2) no subsolo.
Para o Greenpeace da Espanha, o único caminho seguro para cumprir o Protocolo de Quioto é reduzir a produção de CO2, substituindo os combustíveis fósseis por energias renováveis e eficiência energética.
–Não podemos continuar a utilizar de forma massiva fontes de energia que produzem CO2 e pretender guardar esse CO2 que não queremos para que sejam as gerações futuras a encontrar uma solução–, critica José Luis García Ortega, responsável pela campanha de Energia do Greenpeace na Espanha. Em comunicado, a organização elenca seis problemas que decorrem do armazenamento de CO2 no subsolo. O principal deles são os elevados custos.
Esta opção aumentaria os custos de produção de energia entre 40% a 80%, comparado com as centrais convencionais. Além disso, acrescenta, esta tecnologia reduz a eficiência das centrais térmicas. Seria necessário queimar mais 30% de combustível fóssil para produzir a mesma eletricidade.
O Greenpeace lembra a produção de custos adicionais a longo prazo, em especial os de monitoramento. Caso o armazenamento seja feito em depósitos geológicos terrestres, isso implicaria riscos de infiltração de águas e de libertação de CO2 e metano para a atmosfera.
–As energias renováveis são soluções já disponíveis. Em muitos dos casos mais baratas e sem os impactes ambientais negativos associados à exploração, transporte e processamento dos combustíveis fósseis–, considera o Greenpeace. (Ecosfera, 6/9)