O ano hidrometeorológico, que começou em 1º de setembro do ano passado e encerrou-se no último dia 31 de agosto, passará para a história da climatologia por ser o mais seco da história da Espanha desde que começaram as medições sistematizadas de chuvas em 1947, segundo informou o Instituto Nacional de Meteorologia (INM).

O secretário geral para o Território e a Biodiversidade, Antonio Serrano, explicou que 2004/2005 é o ano mais seco desde 1887, se levarem-se em conta os primeiros dados proporcionados pelos escassos observatórios que havia então na Espanha. Conforme uma nota do INM, a precipitação média neste ano recém finalizado, com relação ao conjunto do território nacional, foi de apenas 411 milímetros, o que supõe quase 40% menos que o valor médio normal.

A seca afetou, em maior ou menor grau, praticamente todas as regiões, salvo as Canárias, embora o maior déficit de prescipitações tenha sido registrado em Extremadura, Andaluzia, Castela-La Mancha e Madri. Nessas regiões, juntamente com algumas zonas da Catalunha e o sul de Castela e León, as precipitações acumuladas não chegaram sequer a 50% dos valores normais. Em zonas do oeste da Andaluzia, e no baixo Guadalquivir e sudeste de Castela-La Mancha, foram registrados totais pluviométricos acumulados que apenas superam em 35% os valores médios. No restante das regiões, verifica-se também um déficit de precipitações, embora mais moderado, de entre 60% e 75% dos valores médios. (El Mundo, 4/9)