Especialistas afirmam 43% de possibilidade de furacão pior em setembro
2005-09-05
Em meio ao desastre causado pelo furacão Katrina no sul dos Estados Unidos, especialistas estão prevendo mais de 40% de possibilidade de que, no mês de setembro, haja um furacão ainda maior abatendo-se sobre o país. De acordo com os meteórologos Philip Klotzbach e William Gray, este último um especialista conhecido internacionalmente como guru dos furacões, há 43% de possibilidade de que um furacão ainda mais intenso – com ventos superiores a 179 quilômetros por hora e categoria 3 na escala Saffir Simpson – impacte os Estados Unidos durante o mês de setembro.
As estatísticas do Centro Nacional de Furacões (CNH), com sede em Miami, indicam queo mês de setembro é o de maior atividade na temporada anual de furacões do Atlântico Norte, que começa em 1º de junho e vai até 30 de novembro.–A temporada anual de furacões do Atlântico Norte está longe de ter acabado. Esperamos uma atividade recorde durante os próximos meses, disse Klotzbach que prognosticou, além disto, a posibilidade de um impacto de um furacão 15% maior durante outubro.
Dados históricos indicam uma média de 27% durante setembro e de 6% durante outubro. O prognóstico geral divulgado por Klotzbach e Gray, que dirigem o Centro de Investigação de Furacões da Universidade do Colorado, indica que durante setembro se formarão quatro furacões, dois dele maiores e cinco tormentas, enquanto que no próximo mês de outubro haverá dois furacões, um deles maior, e três tormentas. O CNF revisou seus prognósticos em agosto passado, assinalando que, durante a temporada se formarão de 18 a 21 tormentas, das quais entre nove e 11 poderão chegar à categoria de furacões, sendo, destes, de cinco a sete de grandes proporções.
Até o momento, foram formadas 13 tormentas tropicais e quatro furacões: Dennis, Emily, Irene e Katrina. Dennis e Emily foram furacões de categoria quatro e Katrina cinco, as máximas na escala de intensidade Saffir-Simpson (de cinco graus). Katrina, que impactou o Estado da Louisiana no ultimo dia 29 de agosto, causou a morte de pelo menos 228 pessoas e bilhões de dólares em perdas no sul dos Estados Unidos, de acordo com cálculos provisórios, e é considerado pelos especialistas como um dos maiores desastres naturais da história do país. (El Mundo, 4/9)