Gestão de resíduos sólidos é discutida em congresso
2005-09-02
Com a participação de especialistas de todo o país, menos no Rio Grande do Sul, encerra-se hoje (2/9) o congresso Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos nos Centro Urbanos, promovido pela Urbana, no Centro de Convenções, a beira do mar azul de Natal.
Pela primeira vez se discute na capital potiguar a questão do crédito de carbono. A iniciativa também abriu espaço para a discussão de projetos ambientais, coleta seletiva, reciclagem e tratamento de resíduos.
Ao abrir oficialmente o evento, o prefeito Carlos Eduardo lembrou que Natal serviu como Projeto Piloto do Comitê Internacional de Lixo e Cidadania para implantação da Coleta Seletiva, processo esse que deve atingir toda cidade até o final da sua administração.
Propagou ainda, que segundo a Unesco, Natal é uma das capitais brasileiras onde existe o maior número de crianças resgatadas do trabalho insalubre de coleta de lixo e que o aterro sanitário vem sendo reconhecido como um dos mais modernos do país.
— O destino final dos resíduos é um problema mundial cuja conseqüência vai acabar, sem dúvida, afetando o planeta. Em Natal, conseguimos minar a legião de pessoas que disputavam o lixo com os animais-, frisou o prefeito.
No seu entender, falta uma diretriz nacional, ou seja, uma verdadeira política para o setor que abrace desde a coleta seletiva até o depósito final dos dejetos. Para se chegar a essa gestão eficiente, acrescentou, é preciso ainda percorrer um longo caminho e que as soluções só virão por meio de um trabalho conjunto das esferas federal, estadual e municipal.
O presidente da Urbana, empresa municipal de limpeza de Natal, Josenildo Barbosa, disse que o Congresso abre espaço para todos que se interessam pelas causas ambientais relacionadas à questão do lixo nas cidades, para que estes possam se inteirar mais sobre os problemas e as soluções sustentáveis que devem ser adotadas. Segundo Barbosa, a realização do evento mostra a preocupação da cidade com essa questão, que apesar de ser um pequeno centro urbano, está bem posicionada na gestão dos resíduos sólidos aqui produzidos.
A programação teve o seu ponto show com a Conferência Magma de Abertura feita pela jornalista Paula Saldanha, da Rede Cultura, sobre 30 anos de documentação do Brasil. No seu relato, disse que em 1970 partiu para o campo para fazer um trabalho independente com o objetivo de documentar o Brasil e divulgar nas redes educativa e cultura, criando, ainda, um acervo para as futuras gerações. (Por Carlos Matsubara)