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2005-09-02
O furacão Katrina é o maior desafio que a sociedade americana enfrenta desde os atentados do 11 de setembro, há quatro anos. Como disse o presidente George W. Bush na quarta-feira (31/8), ao retornar a Washington encurtando suas longas férias, o país está diante de um dos piores desastres naturais de sua história.

Katrina é o tsunami asiático dos americanos. Nova Orleans é Aceh no golfo do México. Liderança é vital para que não se configurem desastres econômicos, sociais e políticos. Bush não fez mais do que sua obrigação ao reaparecer fardado de terno e gravata na Casa Branca, flanqueado por seu gabinete. Ele é o servidor público número um. Com tragédias ao estilo de Katrina não se brinca.

O outro presidente Bush, o pai deste, pagou um preço político alto quando reagiu lentamente à devastação causada pelo furacão Andrew em 1992. Nesta quarta-feira, o atual presidente Bush acionou toda máquina de operação logística e de relações públicas do governo federal para deixar claro que ele está no comando.

A associação com o 11 de setembro foi rapidamente feita. Editoriais dos principais jornais do país, como o New York Times, alfinetaram o presidente, sugerindo que ele leva um tempo precioso para entender a profundidade de uma crise. E aqui estamos falando de horas ou de dias. O Washington Post observou que Bush deveria ter voltado do rancho do Texas para a Casa Branca já nesta terça-feira (30/8) e não no dia seguinte.

Líderes da oposição democrata deram estocadas. Horas depois do furacão eles circulavam acusações que o governo federal negligenciou a preparação contra desastres domésticos para pagar pela guerra no Iraque. Há referências insistentes que unidades da Guarda Nacional de Louisiana não podem se engajar na assistência em Nova Orleans porque estão para lá de Bagdá. Talvez seja politicamente incorreto dizer algumas coisas, mas vale lembrar que nas cenas de desordem e saques na submersa Nova Orleans as faces que emergem são negras.

Katrina devastou a região mais pobre dos Estados Unidos em tempos de cortes da assistência social e nos quais a cultura política deste governo exclui a noção de sacrifício da maioria pela minoria. Para milhões de pessoas entretidas por estes dias em conseguir uma garrafa de água ou um canto seco para dormir avaliar o desempenho presidencial em uma hora de calamidade pública está longe de ser uma prioridade.

Mas estas tragédias naturais têm impacto político. E Katrina não poderia acontecer em um momento mais dramático. Há oportunidades e riscos espetaculares para Bush. Em setembro de 2001, o presidente de fato assumiu o comando e foi churchilliano na sexta-feira, quatro dias após os atentados, quando falou ao mundo munido de um megafone dos escombros do World Trade Center.

Neste setembro de 2005, Bush amarga sua mais baixa taxa de aprovação popular, a opinião pública está desiludida com o seu governo, incerta sobre o Iraque e preocupada com os rumos econômicos. Com Katrina, pela primeira vez desde os anos 70, filas nos postos de gasolina reapareceram em algumas partes do país. Antes do furacão, as pesquisas indicavam que a contínua carnificina no Iraque e os crescentes preços da gasolina fizeram a popularidade de Bush despencar. O presidente agora pode tanto submergir ou iniciar o processo de recuperação. (BBC, FSP, 1º/9)

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