As ameaças de destruição relatadas ontem por proprietários de áreas de preservação natural à Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul incentivaram os deputados a criar um grupo de trabalho para rever a legislação. Ana Maria Juliano, dona de uma fazenda no Morro de Sapucaia, contou casos de depredação da mata e de incêndios criminosos. Segundo ela, projetos de loteamentos habitacionais também já foram ameaças no passado.

Para o deputado Édson Portilho (PT), essas áreas não são relevantes apenas nos municípios onde se localizam, mas também dizem respeito ao Estado como um todo. - Não podemos nos omitir. É nossa tarefa elaborar leis, rever as que não são cumpridas e fiscalizar a atuação do governo -, afirmou, entendendo que o grupo de trabalho deve ser formado por entidades ambientalistas, ministérios públicos Estadual e Federal, órgãos ambientais, prefeituras e Legislativo. Marta Segala, representante da Fepam, destacou a importância de ampliar o número de reservas. A criação depende do Ibama. Fernando Falcão, do instituto, apontou as dificuldades para uma fiscalização mais eficiente. O RS tem 24 reservas naturais particulares. (CP, 01/09)