Além da cascata de telhados destruídos, ratos, jacarés e cobras boiando nas águas, a passagem do furacão Katrina poderá desafiar as autoridades também por causa dos altos níveis de toxinas industriais presentes nas águas do rescaldo. –Uma sopa tóxica é uma boa forma de descrever a situação, disse Thomas La Point, diretor do Instituto de Ciências Aplicadas da Universidade do Norte do Texas.

Atualmente, cerca de 80% da cidade de Nova Orleans estão embaixo da água. A governadora Kathleen Babineaux Blanco caracterizou a situação como incontornável, com dezenas de milhares de refugiados no estádio Superdome e em outros abrigos improvisados.

Segundo pesquisadores as correntes de água estão prestes a causar problemas de curto e longo prazos para a cidade. Nova Orleans fica perto de uma área onde existe um complexo petroquímico. Quanto mais tempo a corrente de água permanecer no município, mais será contaminada por produtos petroquímicos, esgotos e outros dejetos, afirma La Point.

Uma das áreas mais comprometidas é o Canal Industrial, curso localizado a 5,5 milhas do canal de água que conecta o Rio Mississippi ao Canal Intracoastal. A indústria petroquímica da Louisiana é responsável pelo processamento de 25% das substâncias petroquímicas da América, incluindo plásticos e fertilizantes. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) informou não ter registrado grandes vazamentos, mas está fazendo vigilância de helicóptero na área industrial. (ABCNews, 31/8)