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2005-08-31
Diante da segunda maior seca já registrada desde o ano de 1974, pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá, MS) – unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) acreditam que o Pantanal Brasileiro pode estar entrando num novo ciclo de seca. Esse ano, o pico de cheia no rio Paraguai, medido na centenária régua localizada no município de Ladário (MS), ficou abaixo de 4 metros.

O comportamento atípico da cheia de 2005, provavelmente, ocorreu em função dos baixos volumes pluviométricos registrados e da alternância de períodos chuvosos e de estiagens nessa região, especificamente no período de outubro de 2004 a março de 2005.

— O início desse novo ciclo deve ser confirmado se em 2006, o nível máximo do rio Paraguai for inferior a 4 metros -, analisa o pesquisador da Embrapa Pantanal, o hidrólogo Sérgio Galdino, ressaltando que, nesse ano, o nível máximo registrado na régua de Ladário, foi de 3,29 metros, ocorrido no dia 20 de junho.

Esse pico de cheia é o segundo menor desde 1974, quando teve início o atual ciclo de cheias do Pantanal. No período de 1974 a 2004, a menor cheia ocorreu no ano de 2001, quando o nível máximo foi de apenas 3,15 metros. A maior cheia ocorreu em 1988, com pico de 6,64 metros. Essa marca é a maior que se tem registro desde a instalação da régua de medição do nível do Rio Paraguai, em Ladário, gerenciada pelo Serviço de Sinalização Náutica d’Oeste, do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil.

Considerando que a média dos picos das cheias de 1974 a 2004 foi 5,23 metros, observa-se o quanto a cheia de 2005 foi pequena. Galdino destaca que esse é um processo natural do Pantanal, cujos efeitos só poderão ser avaliados num longo prazo.

— O Pantanal alterna ciclos de cheia e de seca que transformam a paisagem da região, atendendo a necessidades específicas como a reprodução de peixes e a disponibilidade de pastagens, para citar alguns exemplos -, explica o pesquisador.

No município de Ladário, os pesquisadores observam que no intervalo de 1º a 29 de agosto, o nível das águas vem baixando em média 2,8 centímetros ao dia, ou seja, praticamente 3 centímetros ao dia. O nível atual (29/08/05) de 2,11 metros, encontra-se quase um metro abaixo do normal para essa época do ano.

A média histórica para o dia 29 de agosto do período de 1900 a 2004 é de 3,07 metros. Comparando o nível atual com o de anos anteriores, verifica-se que o nível do Rio para essa época do ano, já é o menor desde 1974. Na cidade de Cáceres, no Mato Grosso, o nível no dia 23 de agosto era de 1,06 metros, encontrando-se também, quase um metro abaixo do normal para essa época do ano, se considerada que a média histórica para o dia 23 de agosto do período de 1966 a 2004 é de 1,86 metros.

Galdino observa que a última vez que o Rio Paraguai, em Cáceres, registrou um nível tão baixo para essa época do ano, foi em 1971, quando o nível foi de 0,97 metros.

Com base no método probabilístico de previsão do nível mínimo, desenvolvido pela Embrapa Pantanal, atualmente são muito altas (99%) as chances de que o nível do Rio Paraguai, em Ladário, até o final do ano fique compreendido entre 0,51 a 1,0 metro.

Levantamento feito pela Embrapa Pantanal, a partir de dados diários fornecidos pelo Serviço de Sinalização Náutica d’Oeste do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil, evidenciou que nos meses de janeiro e fevereiro de 2005, o nível do Rio Paraguai, na régua de Ladário-MS, apresentou elevação normal passando de 1,84 para 2,80 metros.

Entretanto nos meses de março a julho, o nível do rio ficou praticamente estacionado. Nesses cinco meses o nível mínimo foi de 2,82 metros e o máximo de 3,29 metros, e a variação média diária, para mais ou para menos, foi de apenas 8 milímetros, ou seja inferior a um centímetro ao dia. A oscilação média histórica do nível do Rio Paraguai em Ladário no período de 1900 a 2004 para esses meses do ano foi de ±16 milímetros, ou seja o dobro do valor observado em 2005.

A última vez que uma estagnação desse tipo ocorreu foi no ano de 1973, quando a variação média diária, para mais ou para menos, nos meses de março a julho foi de apenas 7 milímetros. (Jornal do Meio Ambiente, 30/08)

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