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2005-08-31
A Companhia Vale do Rio Doce e a Novelis do Brasil inauguram hoje na Zona da Mata Mineira a Hidrelétrica Risoleta Neves, antes chamada de Candonga. A usina tem capacidade para gerar 140 megawatts (MW) de energia, o suficiente para abastecer uma cidade com mais de 280 mil residências. O empreendimento, que começou a ser construído em agosto de 2001, exigiu investimentos de US$ 95 milhões.

A inauguração contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, neto da homenageada, mulher do presidente Tancredo Neves. Cada empresa vai consumir 50% da energia gerada pela hidrelétrica, no Rio Doce, entre os municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado. A Vale vai usar a eletricidade em suas unidades de Minas Gerais e Espírito Santo e a Novelis, em suas fábricas em Ouro Preto (MG) e Aratu (BA). Com a usina, cujo reservatório de água tem 286 hectares, as duas companhias elevam sua capacidade de geração própria.

A Novelis consumiu no ano passado 2,3 milhões de Mwh, sendo 26% desse volume vindo de suas usinas. A empresa tem seis pequenas centrais hidrelétricas (PCH) em operação, entre elas Fumaça (10 MW), Furquim (6 MW) e Prazeres (3,6 MW). Segundo as empresas, novos estudos de viabilidade econômica estão sendo feitos para a construção de outros empreendimentos em Minas Gerais e Goiás.

Já a Vale do Rio Doce participa de quatro hidrelétricas em operação: Igarapava (210 MW), Porto Estrela (112 MW) e Funil (180 MW). Além disso, a empresa participa dos consórcios responsáveis pela construção das Usinas Aimorés (330 MW), Capim Branco I e II (240 MW e 210 MW, respectivamente). Em fase de planejamento estão as Usinas Foz do Chapecó (855 MW) e Estreito (1087 MW). Todas as empresas do grupo consomem cerca de 4,5% do consumo de eletricidade do País.

Meio ambiente
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão é que 1.169 MW entrem em operação até o final deste ano. Para 2006, a expectativa é de 3.808 MW; em 2007, 346 MW; e em 2008, apenas 33 MW. Esses números consideram, porém, só as usinas com obras já iniciadas.

De todas as hidrelétricas licitadas pela Aneel, há 10.956 MW para entrarem em operação até 2010. Mas boa parte desses empreendimentos está paralisada por problemas ambientais.

Segundo relatório de fiscalização da agência reguladora, do potencial licitado até agora pelo governo, 5.839 MW não podem entrar em operação por causa de licenças ambientais. Entre elas estão Itaocara, Olho Dágua, Salto, Salto do Rio Verdinho, Santa Isabel, Santo Antônio e Serra do Facão. Outras, como Cubatão e Itumirim, estão com o cronograma de construção suspenso. (O Estado de S. Paulo, 30/08)

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