Para chilenos, Portugal gasta muita água em incêndios
2005-08-31
Os bombeiros e técnicos chilenos que foram a Portugal para ajudar a combater os últimos incêndios florestais criticam o gasto de água que se faz em território português para esse fim, em vez de apostar na poda de vegetação para impedir o avanço das chamas.
Um dos técnicos, Carlos Weber Bonte, afirmou que se gasta muita água para combater os incêndios em Portugal, quando a aposta deveria ser em prol de usar ferramentas que destruam o combustível que facilita a propagação das chamas.
Os bombeiros chilenos elaboraram um relatório que foi entregue nesta terça-feira ao ministro português do Interior, Antonio Costa, e aos bombeiros portugueses, durante a assinatura de um protocolo para troca de experiências entre a Corporação Nacional Florestal do Chile e o Serviço Nacional de Bombeiros e Defesa Civil português.
Outras circunstâncias citadas por Bonte se referem à violência com que os incêndios se desenvolvem em Portugal e à existência de muitas casas em zonas florestais, diferentemente do que ocorre no Chile.
Como conseqüência do acordo assinado, uma equipe portuguesa viajará ao Chile em novembro para trocar experiências com os bombeiros chilenos. Neste ano, os incêndios destruíram uma superfície florestal portuguesa calculada em 180 mil hectares e causaram direta ou indiretamente 16 mortes, 11 delas de bombeiros. (FSP, 30/8)