O Estado norte-americano de Idaho está dando apoio ao plano proposto pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos para iniciar a produção de plutônio-238 para a Agência Espacial Norte-americana (NASA) e para agências nacionais de segurança que compõem o Conselho de Segurança Nacional ao leste de Idaho. Porém, em comentários submetidos na última segunda-feira (29/8) ao Departamento de Energia, o Estado conclamou para que a administração Bush aborte um plano de transferência de resíduos radioativos criados no Laboratório Nacional de Idaho para fora do Estado. Além disto, o Estado quer que o Departamento de Energia permita o monitoramento independente das emissões aéreas de locais de trabalho e que forneça ambiente seguro de trabalho para a proposta de US$ 300 milhões que visam à unidade de fabricação.

Com tais advertências, a administração do governador Dirk Kempthorne informou que irá avalizar o plano do governo federal para consolidar a produção norte-americana de plutônio-238, permitindo, assim, a fabricação de baterias espaciais em um complexo de 890 milhas quadradas do lado externo das Cataratas do Idaho. –É um conceito que podemos sustentar, mas há alguns detalhes que ainda necessitam ser trabalhados, e o Departamento de Energia necessita incrementar sua avaliação e comunicação, disse Kathleen Trever, coordenadora do Laboratório Nacional de Idaho.

Durante uma série de audiências realizadas no início deste verão em todo o Estado, os comentários públicos geralmente foram contra ao plano de começar a primeira produção norte-americana de plutônio-238 desde que o Departamento de Energia desativou armas no reator do complexo do Rio Savannah, na Carolina do Sul, na metade dos anos 90. Diferentemente do plutônio-239, o plutônio-238 não é usado em arma nucleares. Mas por causa do calor que gera durante o seu prolongado período de decaimento, a alta toxicidade do material pode ser empregada para fornecer energia para satélites espaciais e dispositivos colocados sob a terra ou sob a água. (ABCNews, 30/8)