Depois de apoiarem a Lei de Biossegurança, cooperativas reclamam das taxas que têm que pagar sobre a soja transgênica. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) rejeitou esta semana a imposição da empresa multinacional Monsanto de elevar os royalties, que são taxas pagas ao dono da marca pela exploração comercial do produto.

O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que a entidade foi parceira e atuou junto ao Executivo e ao Legislativo para aprovação do cultivo e comercialização das sementes transgênicas. Mas acusou a Monsanto de estabelecer seus próprios critérios para a cobrança de royalties, — impondo contratos com obrigações excessivas para uma das partes, a contratada – diz ele.

A entidade, que tem 1.400 cooperativas agropecuárias filiadas, recomendou a elas que paguem royalties só na semente (R$ 0,88/kg) e que não assinem contratos com a multinacional que detém a patente das sementes e quer receber mais 2% na produção.

Movimentos sociais camponeses, no entanto, sempre alertaram para os perigos da aprovação do texto da Lei de Biossegurança, principalmente no que se refere ao monopólio das sementes no Brasil por empresas como a Monsanto. Mas não receberam o apoio de entidades como a OCB. (Adital- Agência Info Frei Tito p/ América Latina, 30/08)