Foi realizada sexta-feira, na sede da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), a reunião do grupo de trabalho coordenado pela Univates, que busca o desenvolvimento da silvicultura, ciência que trata do cultivo, reprodução e desenvolvimento de árvores florestais, como eucalipto, acácia e nativas. Fazem parte do grupo ainda Prefeitura de Taquari, Instituto de Pesquisa, Educação e Desenvolvimento do Cooperativismo (Idesc) e a própria Fepagro. Foi apresentada, no encontro, a estrutura do projeto de desenvolvimento, que tem como objetivo aproveitar o potencial da região do Vale do Taquari. Segundo Marcos Turatti, assessor executivo da Univates e integrante do GT, existem cerca de 253 pequenas indústrias do setor moveleiro que poderão se beneficiar do projeto.

Além disso os produtores rurais poderão aproveitar as áreas paradas por problemas de solo e relevo que são impróprias para o desenvolvimento de outras atividades agrícolas. A intenção do projeto é não só promover os setores industriais e agropecuários da região, mas também abastecer o mercado em níveis estadual, nacional e mesmo internacional, a exemplo de Taquari, que já exporta madeira. Através de parceria entre os laboratórios da Fepagro-Santa Maria e do Museu de Ciências Naturais da Univates serão desenvolvidas tecnologias como clonagem de mudas e técnicas de controle de pragas. O laboratório de campo terá uma área de 80 hectares pertencentes à Fepagro, em Taquari.

Para 23 de setembro está marcada reunião entre os integrantes para apresentação do projeto definitivo. A partir de então serão buscados recursos para a implantação do programa. - Agregar tecnologia e manejo pode significar uma diferença de 40% no rendimento final de uma lavoura de eucalipto -, explica Turatti. O assessor ainda revela que a silvicultura tem o mesmo potencial de ingresso de recursos no meio rural do Vale do Taquari que a pecuária leiteira, o que representa cerca de R$ 50 milhões por ano. (O Informativo, 28/08)