População não atendida é de 93,7 milhões
2005-08-29
As deficiências em saneamento básico no Brasil são grandes. Em 2000, 93,7 milhões de pessoas (55,6%) viviam em residências sem rede coletora de esgoto. A previsão da ONU é que, mantido o atual ritmo de investimentos, 42,3% da população continuem nessa mesma situação em 2015 — prazo estabelecido para as Metas do Milênio.
Mesmo no item de acesso à água potável, em que o Brasil deverá atingir a meta, a estimativa é de que 15% da população ainda vivam sem esse serviço em 2015. Na Região Metropolitana do Rio, os dados do IBGE mostram que 37% dos domicílios (1.185.572) não contam com rede de esgoto. Em Seropédica, o percentual chega a 88,7%. No Rio e em Niterói, mais de 20% das casas não têm saneamento básico.
Ao todo deverão ser gastos em obras de saneamento cerca de R$ 3 bilhões em 2005. Mas para a universalização no setor, seriam necessários R$ 10 bilhões ao ano. (O Globo, 28/08/2005)