Chegada da Nestlè preocupa
2005-08-29
Adital - Agência Notícias do Planalto - Enquanto diversos municípios do Rio Grande do Sul brigam entre si para ver quem vai levar a fábrica da Nestlé, movimentos sociais do campo e ambientalistas alertam para o perigo da chegada da multinacional. O histórico da empresa em outros países mostram que ela gerou desavença e quebrou muitas cooperativas e pequenos produtores.
Roberto Malvezzi, da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), analisa as conseqüências da instalação da Nestlé no RS. — A depender da organização dos produtores, ela pode se tornar hegemônia na produção do leite, o que fará com que os pequenos produtores se tornem subalternos a uma multinacional-.
Entretanto, organizações afirmam que a fabricação de leite em pó serve apenas como fachada. O real interesse da Nestlé seria o controle sobre o Aqüífero Guarani, maior reservatório subterrâneo de água doce do mundo. —A água é um negócio, e uma das multinacionais que fazem da água uma mercadoria é a Nestlé. Ela está procurando o Aqüífero Guarani-, diz Malvezzi.
A Nestlé irá decidir até o mês de outubro em que município a fábrica de leite em pó será implantada. Carazinho e Santa Rosa são as cidades mais cotadas. Veja mais em http://www.ambienteja.com.br/new_site/ver_cliente.asp?id=66354
(Centro de Estudos em Sustentabilidade de Fundação Getúlio Vargas, 25/8)