Governo mantém crédito para reflorestamento
2005-08-29
O governo federal disponibiliza atualmente três linhas de crédito para financiar projetos de reflorestamento no país. Através do Banco do Brasil, Banco da Amazônia e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), os empreendedores poderão pleitear recursos para plantio de mudas, visando a reposição florestal.
O programa mais procurado atualmente, de acordo com a economista florestal Maria Alice Tocantins, do Programa Nacional de Florestas do Ministério do Meio Ambiente (PNF/MMA), é o PropFlora, voltado para a implantação e manutenção de florestas destinadas ao uso comercial, industrial e energético e recomposição de áreas de preservação e reserva florestal legal. O teto do financiamento, que é destinado a produtores rurais, associações e cooperativas, é de R$ 150 mil, com taxas anuais de juros de 8,75% e prazo para pagamento de até 12 anos, com oito de carência.
Outra linha de crédito é o Pronaf Florestal, criado para atender agricultores familiares enquadrados nos grupos C e D do Pronaf. No caso do Pronaf Florestal, os juros são de 3% ao ano e os prazos (de carência e pagamento) são idênticos aos do PropFlora.
A terceira opção de financiamento é por meio do FCO Pronatureza, que se destina ao manejo florestal sustentável, reflorestamento para fins energéticos e madeireiros, sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradas, aquisição de máquinas e equipamentos, projetos integrados – rural e industrial – e promoção de mercado. Os juros variam de 6% (mini produtores, suas cooperativas e associações) a 10,75%, no caso dos grandes produtores. Para os pequenos e médios produtores, suas cooperativas e associações, os juros são de 8,75%. A carência é de 10 anos e o prazo para pagamento é de 240 meses.
PROCURA AUMENTA - Segundo Maria Alice Tocantins, a participação de pequenos e médios produtores na expansão de florestas plantadas, nos últimos anos, vem aumentando via PropFlora e Pronaf Florestal. No caso do PropFolora, os tomadores de recursos – que passaram de 33 produtores (2002/03) para 307 (2003/04) e 699 (2004/05) acessaram, respectivamente, R$ 76 mil, R$ 10,56 milhões e R$ 42 milhões. Em relação ao Pronaf Florestal, o número de contratos passou de 295 (2002/03) para 599 no próximo período e 1.718 em 2004/05. A meta do PNF para o período de 2004 a 2007 é expandir o plantio de 800 mil hectares em pequenas e médias propriedades e de 1,2 milhão de hectares por meio de programas empresariais sustentáveis. (Diário de Cuiabá, 28/08/2005)