As exportações mato-grossenses de madeira atingiram a cifra de US$ 111,56 milhões entre os meses de janeiro a julho deste ano, com crescimento de 6,56% em relação ao volume comercializado no mesmo período de 2004, que foi de US$ 104,69 milhões. O item — madeira serrada— respondeu por quase 70% de todas as exportações do setor, atingindo US$ 74,88 milhões, seguido da — madeira perfilada— , com US$ 33,69 milhões. Já as exportações anuais brasileiras chegam a US$ 3 bilhões, representando menos de 3% das exportações mundiais.

De acordo com as estatísticas, o mercado mundial de produtos florestais é dominado por países como Canadá (20,5%), Estados Unidos (11,5%) e Finlândia (7,5%), com áreas de floresta muito menores do que as do Brasil e sem as mesmas condições de clima. As importações mundiais, durante o ano de 2000, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), foram de US$ 152 bilhões.

Os 10 maiores importadores respondem por quase 70% das compras e os cindo primeiros por quase metade. Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália têm figurado sempre entre os sete maiores produtores. A França experimentou crescimento de 46% nos últimos cinco anos e, a China, de 34% no mesmo período. Por sua vez, o Japão teve redução de 28%, mas ainda participa com volumes significativos (de US$ 13,4 bilhões).

Celulose, papel e papelão são produtos de alto valor e que respondem pela maior parte do comércio internacional. Ao longo dos últimos anos, têm mantido fatia entre 60% e 70% do comércio de produtos florestais. Toras, tanto para serra como para processamento industrial, e madeira serrada respondem por 25% do mercado. Painéis e chapas ficam em terceiro lugar, vindo a seguir cavacos, carvão vegetal e resíduos. Em âmbito mundial, 3% dos recursos florestais suprem 30% da madeira consumida. No Brasil, 1% dos recursos atende a 62% do consumo. (Diário de Cuiabá, 28/08/2005)