Furacão Katrina chega à Flórida e deixa dois mortos
2005-08-26
Ao menos duas pessoas morreram nesta quinta-feira na Flórida, ao sudeste dos Estados Unidos, devido à passagem do furacão Katrina pela região.
Um homem de 25 anos morreu em Fort Lauderdale, 40 km ao norte de Miami, quando uma árvore que foi arrancada pela força do furacão caiu sobre seu veículo. Um pedestre também morreu após ser atingido por outras árvore no mesmo local.
Várias árvores foram arrancadas pelos fortes ventos, que também afetaram as linhas de transmissão elétrica, milhares de pessoas sem energia, de acordo com os serviços de segurança.
Às 19h [18h de Brasília], o olho do furacão -- de categoria um, a mais leve da escala Saffir-Simpson-- havia alcançado a costa da Flórida, entre Hallandale Beach e o norte de Miami Beach, segundo um boletim do Centro Nacional de Furacões [NHC, na sigla em inglês], com sede em Miami.
O furacão se movia para oeste a uma velocidade de 10 km/h. A tendência deveria ser mantida durante as próximas 24 horas, levando o olho do Katrina sobre as costas e o interior do território da Flórida no decorrer da madrugada desta quinta-feira.
Os ventos máximos eram de 128 km/h, com rajadas que alcançavam os 140 km/h.
Um furacão de categoria um pode provocar grandes inundações costeiras. A intensidade do vento, de 119 a 153/km por hora, pode produzir impressionantes danos em estruturas pré-fabricadas, além de arrancar árvores e semáforos.
Com um furacão desta categoria, o nível do mar se eleva de 1 a 1,70 metros. –É importante considerá-lo seriamente, advertiu o governador da Flórida, Jeb Bush, irmão do presidente americano, George W. Bush.
Por prevenção, as escolas e departamentos públicos do sudeste da Flórida permaneceram fechados nesta quinta-feira.
–Os moradores da Flórida devem estar preparados para fortes chuvas, inundações e grandes e perigosas ondas, alertou a meteorologista do NHC, Stacy Stewart.
Os aeroportos do sudeste da Flórida operavam normalmente na manhã desta quinta-feira, mas vários terminais marítimos ficaram fechados, assim como praias e hotéis da costa.
De imediato, Katrina -- que é a 11ª tempestade da temporada nos Estados Unidos --acelerou a alta dos preços de petróleo.
No ano passado, refinarias do Golfo de México demoraram semanas para se recuperar da passagem do furacão Ivan.
Neste ano, os meteorologista prevêem uma temporada de tormentas mais intensa que o de costume. Especialistas americanos alertaram que de sete a nove ciclones poderiam ser formados até o fim de setembro no Caribe e no sudeste dos EUA. (FSP, 26/8)