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2005-08-25
O Rio de Janeiro é um dos principais mercados do País para os produtos livres de agrotóxicos e de outras substâncias contaminantes. Dos R$ 300 milhões que o segmento de orgânicos movimenta no Brasil, R$ 100 milhões são apenas no Estado. Em grandes redes de supermercados ou no pequeno comércio de bairro, o setor cresce, em média, 30% ao ano, contra 15% no resto do mundo. Não é a toa que o Rio volta a sediar a BioFach América Latina, a maior feira de orgânicos do mundo.

A terceira edição acontecerá de 16 a 18 de novembro, no Riocentro. Paralelamente, estréia a Expo Sustentat - Feira Internacional de Negócios de Bens e Serviços Sustentáveis. O lançamento oficial dos dois eventos ocorreu na quinta-feira (18), na sede da Fecomércio-RJ. As feiras ocuparão 5 mil m², do pavilhão 5 do Riocentro. São esperados 200 expositores - foram 110 em 2004 e 80 em 2003. No ano passado, 82% eram brasileiros e somente sete de fora da América do Sul. A novidade é a presença de uma grande delegação alemã, que ocupará um estande de 100 m² na BioFach. Outra novidade é a presença do Projeto Comprador e do Projeto Imagem, realizados pela Apex (Agência de Promoção de Exportações do Brasil) para trazer compradores e jornalistas estrangeiros. Serão convidados cinco compradores internacionais que tenham interesse em produtos de clima tropical, com destaque para frutas e especiarias. Também será dada atenção especial a compradores de soja, café e produtos processados brasileiros. Já o Projeto Imagem trará quatro representantes de veículos de comunicação estrangeiros com penetração nos mercados europeus e norte-americano.

Além dos estandes com expositores brasileiros e internacionais, haverá seminários e workshops sobre os mercados de orgânicos e de produtos sustentáveis. A Expo Sustentat dará ênfase aos temas Mercado de Créditos de Carbono; Energias Renováveis/Biodiesel; Certificação Florestal; Pesca Sustentável; Aqüicultura Orgânica; Microbacias e Sustentabilidade e Mercado Justo. Na BioFach, os temas em destaque serão: Mercados globais de produtos orgânicos: Europa, Estados Unidos e Japão; Agricultura Familiar e Comercialização na América Latina; Cosméticos Naturais; Tecidos Naturais; Harmonização da legislação sobre orgânicos na América do Sul; Legislação do setor orgânico no Brasil e Agroecologia nas Universidades e Tendências de Consumo.

Lançamento
O lançamento oficial da Biofach América Latina 2005 e da I ExpoSustentat contou com a presença de Herta Krausmann, presidente da Nuremberg Global Fairs, empresa alemã que promove a feira, e de representantes de entidades parceiras. A cerimônia foi aberta pelo presidente da Fecomércio-RJ e do Conselho Deliberativo do Sebrae no Rio, Orlando Diniz; pelo diretor-superintendente do Sebrae no Rio, Sergio Malta, e pela diretora de Desenvolvimento, Celina Vargas.

Sergio Malta disse que a BioFach e a Exposustent deverão proporcionar mais oportunidades para que o setor de orgânicos possa alcançar patamares superiores de produção e realizar bons negócios. - Além de proporcionar uma vida melhor para nossos filhos e netos, a cultura orgânica gera emprego e renda e por isso, os projetos nessa área sempre contarão com apoio do Sebrae -, destacou. Celina Vargas lembrou que, além dos alimentos, há diversos outros produtos orgânicos, como madeira, tecido e vinho. Segundo ela, a cultura orgânica não é apenas deixar de usar agrotóxicos, mas adotar uma concepção diferenciada de vida. - É uma maneira nova de ver o mundo e ajudar a criar uma sociedade mais igualitária, justa e transparente, que envolva meio ambiente, biodiversidade e condições de trabalho mais justas. Estamos construindo uma utopia -, disse ela, que também é produtora orgânica.

Para Orlando Diniz, a realização da BioFach e da Exposustentat no Rio de Janeiro é importante não apenas para os empreendedores do setor, que têm acesso a novas oportunidades de negócios, mas para os consumidores que vivem no estado e, principalmente, na cidade do Rio, já conhecida pela preocupação constante com a saúde e a qualidade de vida. Olavo Monteiro de Carvalho destacou a necessidade de estimular o consumo de orgânicos entre a população. - É necessário promover campanhas de esclarecimento para divulgar as vantagens do consumo -, disse. O presidente da ACRJ defendeu a abertura de linhas de financiamento, a oferta de incentivos fiscais e a regulamentação do setor como formas de estimular a agricultura orgânica no País, que hoje, lembrou, não chega a 1% do mercado mundial.

Christino Áureo, secretário de Estado de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Interior, destacou o programa Cultivar Orgânico, lançado na Biofach 2003 no Rio, que prevê linha especial de crédito, com juros de 2% ao ano e carência de 60 meses; isenção de ICMS para produtos orgânicos in natura e processados e capacitação para agricultores, por meio das empresas estaduais Pesagro e Emater. Segundo o secretário, é cada vez maior o número de agricultores familiares que se dedicam à produção orgânica no Estado do Rio e já conquistaram certificação pelos organismos credenciados.

Saiba mais sobre a Biofach
Considerada a maior feira do segmento produtivo que dispensa a utilização de agrotóxicos, fertilizantes e outros aditivos químicos, a Biofach é realizada anualmente, desde 1999, na Alemanha. Além da versão latino-americana, realizada há três anos no Brasil, com sede no Rio de Janeiro, são promovidas feiras Biofach nos Estados Unidos e Japão – as próximas serão em setembro, em Washington e Tóquio.

Desde a primeira edição, em 2003, a Biofach América Latina conta com apoio do Sebrae Nacional, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Banco do Brasil. Em 2004, conquistou o apoio do governo do Estado do Rio de Janeiro. Nesta edição, passou a ser apoiada também pelo Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (Mapa), Apex Brasil, Fecomércio-RJ, Senac-Rio e Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

A realização da BioFach América Latina e Expo Sustentat no Brasil visa projetar o país no cenário internacional, promover a biodiversidade brasileira e potencializar a rede de contatos dos eventos BioFach realizados na Alemanha, Japão e Estados Unidos. O mercado brasileiro de orgânicos ainda é de pequeno porte - representa apenas 1% do mundial -, mas tem enorme potencial e caminha a passos largos, crescendo 50% ao ano. (Página Rural, 24/08)

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