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2005-08-25
Acontece amanhã (26/08) o 1º Seminário Catarinense de Mercado de Créditos de Carbono - Semercar, em Florianópolis. O objetivo do evento promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) é discutir a venda de créditos de carbono no país, certificados que autorizam países a continuar poluindo ou reduzir a sua poluição a níveis aceitáveis, evitando desse modo a estagnação da sua atividade econômica.

No 1º Semencar serão debatidos aspectos legais e operacionais do Protocolo de Kyoto, mecanismo de desenvolvimento limpo, fontes alternativas de energia e bolsa de mercado de créditos de carbono. O evento que está com as inscrições esgotadas deve contar com a participação de 400 pessoas.

O diretor de Pesquisa Agropecuária da Fapesc, engenheiro agrônomo Zenório Piana, acredita que Santa Catarina deverá estruturar atividades voltadas ao estímulo de projetos ligados às mudanças climáticas, tendo uma componente forte nos mercados de comercialização de créditos de carbono. A iniciativa tem o objetivo de aproveitar as potencialidades em matéria de projetos que tenham alto impacto sobre as componentes do desenvolvimento humano sustentável e que reduzam e removam gases de efeito estufa, ao mesmo tempo trazendo recursos e implantando tecnologias limpas. Ele citou como alternativas catarinenses o plantio de florestas e a questão do controle de dejetos suínos no oeste e no sul do Estado.

Piana, explica que Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. — O princípio é simples: as agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes.

As empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em US$, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, é obrigado a comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais. Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias.

— Os Créditos de Carbono já estão sendo comercializados com antecedência no mercado mesmo ainda não existindo uma regulamentação de preços. Cada tonelada métrica de carbono vale de 3,00 a 5,00 dólares americanos-, informa Piana. Os investimentos estão estimados em R$ 6,5 bilhões para os próximos dez anos, envolvendo, desde já, empresas, bancos e governos da Europa, Japão e Canadá. (Com informações da Fapesc)

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